Me chame pra sair primeiro

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Desesperado

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Desesperado. Essa palavra define bem como eu estou me sentindo no momento, posso explicar o porquê, na verdade, eu preciso dizer, ainda parece surreal demais pra mim.

Eu estava saindo do trabalho, após quase ser demitido pela segunda vez no mês por discutir com meu chefe. Me sinto exausto, as minhas costas estão reclamando por passar tanto tempo em pé e a agonia que preenche meu peito agora é efeito dos meus pensamentos e consequentemente aonde meus pés me levam.

Chega uma época na nossa vida que a gente se pega questionando, "que merda eu tô fazendo comigo?". E o problema mesmo é que eu já não ligo mais pra esses pensamentos, porque eu definitivamente sei o que estou fazendo e sei que não é... como posso dizer... certo?

Mas quem se importa?

Em passos rápidos eu cruzo as pequenas ruas de Seoul com o coração a mil, eu preciso que pelo menos alguém esteja próximo a saída do bairro pra fazer o que tenho em mente. E pra minha sorte realmente tem. Paro num canto mais escuro, aonde ele não possa me ver, o observando.

Meu alvo dessa vez é um garoto, alto, estiloso demais pro meu gosto. Ele está parado próximo ao ponto de ônibus, mexendo em seu celular provavelmente esperando algum táxi ou motorista particular. Acabo ficando tempo demais o observando e quando volto a realidade ele passou a andar sem nem a menos olhar pra onde ia. Prendo uma risadinha ao ve-lo quase dar de cara com um poste e ficar com um bico enorme nos lábios.

Mordo meus lábios receoso de ter que fazer isso mais uma vez, mas relembro que ele tem aonde cair morto, eu e meus irmãos não. Então sem enrolar eu arrumo o capuz do meu moletom na minha cabeça, e conferindo se a rua está vazia passo a seguir o garoto.

- Ei, idiota!

O chamo quando estou perto o suficiente, e adivinha? Ele nem virou pra trás. Fala sério.

Apressando meus passos eu seguro na ponta de seu casaco - que deve custar mais do que eu posso imaginar - e ele vira assustado pra mim com seus olhos arregalados, provavelmente pelo susto que tomou.

- Isso é um assalto, então não tente nenhuma gracinha, entendeu?

-Perdão Senhor?

Sua voz soa baixa mas nenhum pouco assustada ou desconfiada, o que me faz revirar os olhos. Que sonso.

Essences | taekookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora