05. i'm glad that's you

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No dia seguinte bem cedo, Harry e Anne voltaram para o circo de táxi. Após passar a noite internado, recebendo a devida medicação diretamente na veia e fazendo alguns exames de praxe, o garoto foi liberado para voltar para casa. Com o rosto um pouco mais corado e o corpo aparentando estar um pouco mais forte e recuperado, ele acenou levemente para o taxista e saiu caminhando, ao lado se sua mãe, em direção às lonas.

Os fracos raios solares que os atingem são revigorante, o calor suave os fazendo se sentirem vivos depois de uma noite turbulenta em um ambiente nada alegre.

- Você vai comer. - Anne não pergunta ou insinua, ela decreta. É a primeira coisa que ela diz desde que deixaram o hospital e o seu não deixa espaço para argumentos ou protestos.

Harry apenas assente, porque apesar de estar cansado e sem nenhuma vontade de enfrentar a costumeira batalha contra a comida, ele sabe que não adianta dizer não para sua mãe. Ele não tem muita escolha. Nem muita coragem para bater o pé e enfrentá-la. Ele também sabe que ela irá obrigá-lo a comer de qualquer jeito, afinal já fazia um dia que o garoto não se alimentava e agora, mais do que nunca, precisava de nutrientes para fortalecer seu corpo, até então abalado pela recente doença.

Harry sabe que é o certo, mesmo que uma parte de si ainda queira agir como uma criança birrenta.

Quando eles chegam no pavilhão, que é usado como cozinha e refeitório, ele ainda está vazio, apenas com a comida já posta sobre a mesa para quem quer que estivesse acordado tão cedo. Essa hora da manhã é sempre a mais silenciosa no circo, todos ainda descansando da viagem e da montagem da estrutura. Porém, não demoraria muito mais para que os circenses, pouco a pouco, começassem a acordar e a se levantar para um novo dia. E logo as tendas ganhariam vida, cor e agitação. Afinal, enquanto houvesse um circo operando, haveria ensaios, conversas e risos animados por todos os cantos.

Dito e feito.

Harry está terminando seu prato, muito bem servido, de mingau de aveia e seu suco de laranja fresco quando ele ouve uma movimentação e barulhos vindos da entrada.

- Vocês chegaram! - Zayn grita animado ao ver seu melhor amigo sentado à mesa e corre até ele, o tomando em um abraço apertado e carinhoso. E muito, muito, aliviado. - Eu tenho boas notícias para você, H! Advinha! - Ele continua a falar alto, um grande no rosto, quando se afastam.

- Eu estou cansado, qual é! Meu raciocínio está lento e olha que eu já sou naturalmente ruim nesse jogo. -
Revira os olhos e gesticula as palavras lentamente.

- Verdade. Tudo bem... - Seu sorriso não diminui e é quase assustador. - Simon aceitou contratar outra pessoa para te ajudar na hora do show. No início ele ficou meio relutante, meio resmungão, mas nós tivemos uma ajudinha surpreendente. - Conta, olhando para o amigo com expectativa.

- Isso é realmente ótimo! Finalmente! - Seus olhos brilham, porque agora ele não ficaria tão sozinho e nem tão cansado. Parece quase inacreditável que Cowell resolvera CONTRATAR alguém para ajudá-lo. - Espera... Ajudinha? Por favor, não me diga que meu pai fez um escândalo!

- Não foi o seu pai, relaxa. Nem Gemma. Apesar de que ela estava quase subindo na mesa do Simon e estapeando o rosto dele. - Zayn ri, se lembrando da cena e fazendo o mais novo estremecer só de pensar nela. Harry detestava barracos e detestava ser o motivo de atenção. -Foi o Louis.

A resposta inesperada faz Harry parar, a colher com mingau em sua mão estagnada a meio caminho de sua boca.

Se Harry tivesse todos os movimentos dos músculos facias, com certeza estaria de queixo caído.

i saw galaxies in your eyes [2.0]Where stories live. Discover now