My Guardian Angel

• 08 •

𝐁𝐎𝐘𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃?
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𝐒𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍

— SELINE! O VIZINHO VEIO TE ver! — Ouço meu pai gritar e pulo da cama com o susto, o ato fez Meggie levar um susto também.

O que ele queria comigo em pleno sábado de manhã?

— Bom dia, Selly. — Minha irmãzinha sorri preguiçosamente esticando-se na cama.

Só então vejo que ela usava um pijama com uma blusa de manga longa cor de rosa com estampa de unicórnios e uma calça combinando.

Seus cachinhos loiros estavam uma bagunça, mas ela nem se importava.

— Bom dia, pequena. — Sorrio de volta querendo guardar aquela imagem dela para sempre.

— Seline, vou liberar ele pra subir! — Christopher grita novamente e eu volto a realidade.

— Mas que porra! — Exclamo.

Meu quarto estava uma bagunça. Eu estava um bagunça! Philip apareceria aqui em menos de dois minutos e eu estava uma bagunça!

— Seline! — Meggie me repreende por me ouvir xingar.

— Desculpa, Meg. Que tal você ir para o seu quarto e mais tarde brincamos?

Ela assente animada e pula da cama já correndo para seu quarto.

Assim que ela fecha a porta vou correndo até o banheiro para checar minha aparência.

Meu Deus! Eu parecia ter saído de um filme de terror! Penso, após encarar meu reflexo no espelho. Minhas olheiras estavam fundas, meu rosto inchado, meu cabelo todo bagunçado e minha boca ressecada.

Prendi meu cabelo em um coque e joguei água em meu rosto repetidas vezes pra tentar amenizar as marcas de sono, usei um batom de cacau que estava sobre a pia do banheiro após escovar os dentes. Não havia muito o que fazer, mas pelo menos estava apresentável.

Nunca me preocupei em me arrumar assim logo de manhã cedo, então por que agora era diferente?

Volto ao quarto e sento em minha cama, pra logo em seguida ver Philip passando pela minha porta.

— Bom dia, Seline! — Ele me oferece um sorriso.

— Ótimo, agora seu trabalho de me estressar também é durante os finais de semana?

— Vim te ajudar a fazer suas malas. Vai morar comigo, lembra?

— A única coisa que me lembro é de não ter respondido nada.

— Quem cala consente, linda. — Piscou. — Onde estão suas malas?

— Não preciso fazer as malas, você mora literalmente do meu lado. — Digo.

— Não seja chata. — Ele dá um leve empurrãozinho em meu ombro. — Tem medo de mostrar sua coleção de moletons e eu pegar alguns pra mim?

— Você não teria coragem, eu acabaria com você caso tentasse. — Sorrio.

— Teria coragem de me machucar? — Finge estar magoado.

— Com certeza. — Entro na brincadeira. — Eu já fiz aula de artes marciais, caso não saiba.

— Ah, é claro que fez. — Revirou os olhos debochando de mim.

— Duvida?

— Você teria coragem de me bater? —Finge estar magoado.

— Sim. Simples assim. — Estico meu braço para acertá-lo , mas não acontece.

Philip segura meu braço e me puxa pra perto de si com um impulso tornando nossos corpos mais próximos do que minha sanidade mental aguenta.