My Guardian Angel

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𝐀 𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑
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𝐏𝐇𝐈𝐋𝐈𝐏 𝐒𝐌𝐈𝐓𝐇

O SOM IRRITANTE DO DESPERTADOR me faz despertar contra a minha vontade. Eu estava abraçado a algo quente e aconchegante, e essa coisa parecia se agarrar a mim também. Sinto algo fazer cócegas em meu nariz e uma pequena vontade de espirrar pelo contato. Lentamente abro os olhos e vejo um emaranhado de cabelos castanhos.

Eu e Seline estávamos abraçados e com as mãos entrelaçadas. Não lembro quando isso aconteceu, provavelmente fizemos inconscientes durante a noite.

Sua respiração era calma e compassada, a não ser por seu nariz que ressonava quase imperceptivelmente. Fofa.

Tento desprender meu braço sem que ela acorde para que eu possa desligar o despertador, mas a tentativa foi falha.

A cacheada pisca várias vezes antes de finalmente abrir os olhos. Ela ainda não havia se dado conta do quão próximos estávamos.

— Bom dia, linda. — Sorrio ao ver seu cabelo todo bagunçado.

— Bom dia, Philip. — Então ela finalmente percebe que estávamos grudados um ao outro. Um rubor cresce em suas bochechas e ela rapidamente se afasta. — Que horas são? Dormimos demais?

Pego meu celular na mesinha ao lado da cama rindo de seu comportamento.

— Sete horas em ponto. — Respondo. — Por que?

— Temos aula. — Seline levanta da cama e me dá um tchauzinho antes de fechar a porta do quarto.

Levanto-me da cama e pego minha toalha indo tomar banho.

•• 🌅 ••

— Eu tenho que perguntar. — Sam solta seu pão sobre o prato.

Estávamos tomando café.

— Samantha, não. — Lia lança um olhar mortal para nossa irmã.

Wow! "Samantha"? Sobre o que Sam não podia falar?

— Perguntar o que? — Minha mãe e Seline dizem em uníssono.

— Eu só queria saber por que a senhorita Seline Morgan não estava no quarto hoje de manhã. — Minha irmã mais nova divide o olhar entre eu e Seline.

— Sam! — Lia bate na mesa.

— Eu... — Seline se enrola com as palavras.

— Ela passou mal ontem a noite, acho que foi a pizza, aí eu chamei ela pra dormir no meu quarto caso acontecesse algo de madrugada. — Minto.

— Philip... — Minha mãe iria começar a me dar sermão caso eu não a interrompesse.

—Não se preocupa, mãe. Eu dormi no colchão, no chão. — Minto de novo.

Seline me lança um olhar de agradecimento e pisco para ela como resposta.

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𝐒𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍

Estava passeando pelos corredores da escola, sem prestar muita atenção no fluxo de pessoas, escutando música no fone com o volume máximo.

Fecho os olhos por um milésimo de segundo e sinto o corpo de alguém se chocar contra o meu.

— Mas que mer... — Já tinha preparado minha lista de xingamentos completa, mas todas as palavras desapareceram ao encarar o garoto de cabelos loiros e olhos cor de mel.