My Guardian Angel

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𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐋𝐋
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𝐒𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍

— VOCÊ VAI VIR AQUI TODOS os dias, não é? — Sam repete a mesma pergunta pela quinta vez, ainda sem me soltar de seu abraço.

Já havia me despedido de todo mundo, mas a irmã mais nova tinha feito um drama extra dizendo que ficaria sozinha nessa casa.

Meu pai, Candace e Meggie me esperavam em casa. Mal podia esperar pra ver Meggie, estava morrendo de saudades da minha pequena. Contava os segundos para poder abraçá-la e aperta-la.

— Tudo bem, Sam. Eu vou vir aqui todos os dias. — Dou um pouco de atenção ao seu drama. — E não é como se eu fosse mudar de continente, só vou estar a alguns metros de distância.

— Obrigada. — Diz e se afasta.

— Quer que eu te acompanhe até lá? — Philip oferece.

— Acho melhor eu ir sozinha. — Digo, mesmo que essa não seja minha vontade. — O clima lá deve estar meio pesado. — Sorrio sem mostrar os dentes.

— Tudo bem. Até mais tarde, então. — Philip deixa um beijo em minha testa para se despedir.

— Quem disse que eu vou vir aqui mais tarde? — Faço minha melhor cara de deboche.

— Eu disse. — Sela nossos lábios rapidamente. — Até mais tarde. — Repete.

Reviro os olhos sorrindo. Foi bom receber esse carinho todo dos Smith por um mês, mas agora era hora de voltar à realidade. E minha realidade incluía uma madrasta louca de pedra que tinha como hobbie me atormentar e um pai ausente, mas pelo menos eu tinha a Meggie.

Puxo minha mala até a casa ao lado e abro a porta já preparando-me psicologicamente para o esporro que viria a seguir.

Encontro os três na sala de estar. Meggie chorava desesperadamente, Christopher estava apreensivo e Candace fingia sentir algo.

— Oh, Seline, querida! — Candace vem até mim e me abraça. — Não sabe o quanto nos deixou preocupados. Viemos o mais rápido possível. — A falsidade em suas palavras era tanta que chegava a ser palpável. — Seria uma pena se algo pior tivesse acontecido. — Só eu consigo ver seu sorriso maléfico, pois todos estavam atrás dela.

Candace me solta dando lugar à Meggie que praticamente se jogou em meu colo enroscando seus bracinhos ao redor do meu pescoço e suas pernas ao redor da minha cintura. Eu não podia ter pego ela no colo por causa dos pontos nos braços, mas no momento eu só queria matar a saudade.

— Que saudade! — Aperto ela ainda mais.

Meggie não disse nada desde que me abraçou e eu estava estranhando seu comportamento, já que ela costumava ser bem tagarela. Escuto pequenos soluços e sinto suas lágrimas molharem a camisa sobre meu ombro.

— Você vai morrer, Selly? — Encara-me com os olhos derramando lágrimas.

Ver Meggie tão mal assim deixava meu coração em pedaços.

— Não, amor. Eu estou aqui com você, não estou? — Ela assente com um sorriso triste.

— Mamãe disse te você ia morrer, Selly. Ela disse pa mim. — Diz baixinho para que somente eu escute.