My Guardian Angel

• 23 •

𝐖𝐇𝐀𝐓 𝐈𝐅...
————————————
𝐒𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍

UMA DOR AGUDA EM MEUS braços me desperta. O que? Eu estou viva? Demora alguns segundos para que meus olhos acostumem com a claridade. Me deparo com um quarto inteiramente branco, havia um acesso de soro em minha mão direita e meus braços estavam enfaixados.

É, definitivamente não estou morta.

Ao meu lado encontro Philip dormindo em uma poltrona que parecia nada confortável, sua mão direita estava entrelaçada a minha mão esquerda. Ele segurava minha mão como se fosse uma boia salva vidas e ele estivesse em alto mar.

Sorrio comigo mesma ao ver a cena.

Ele dormiu aqui? Deve estar muito cansado.

Analiso seu rosto sereno e seus cabelos bagunçados enquanto ele dormia tranquilamente garantindo que eu não sumiria dali com sua mão junto a minha.

E pensar que eu quase o perdi.

Acaricio a mão sua com o polegar e Philp desperta aos poucos. Seus olhos pousam sobre mim e nós dois tínhamos sorrisos nos rostos.

— Você acordou! — Philip me abraça meio sem jeito.

— É, acho que sim. — Sorrio mais ainda.

— Meu Deus! Pensei que tinha perdido você para sempre. — De repente seu olhar torna-se triste e ele encosta sua testa na minha.

— Não vou te assustar assim de novo. — Fecho os olhos.

— Bom mesmo, fiz alguns planos para nós.

Sinto seu rosto se aproximar mais ainda do meu.

— Olha só quem acordou!

— Péssima hora, mãe. — Philip sussurra apenas para que eu ouça e se afasta de mim.

— Como está se sentindo, querida? — Jane caminha até mim, segurando sua prancheta.

— Viva. — Falho miseravelmente ao tentar fazer piada.

— Isso não tem graça, mocinha. Por que não me disse que não estava bem? — Checa o pacote de soro vazio.

— Não quero dar trabalho pra ninguém. — Faço uma careta de dor assim que ela retira a agulha do dorso de minha mão.

— Você não iria me dar trabalho, fico feliz em ajudar. — Sorri.

Depois de me examinar e conferir duas vezes se eu realmente estava bem, Jane sai do quarto, restando eu, Philip e uma enfermeira.

— Hora de ver como estão esses pontos. — A moça loira sorri pra mim e olho com desespero para Philip. — Você causou um estrago e tanto.

Ele vem até meu lado e segura meus ombros.

A enfermeira desfaz os curativos deixando meus pulsos à mostra.

— Teve sorte de não cortar muito fundo. Em três semanas já vai estar completamente cicatrizado, se usar essa pomada. — Mostra o frasco branco e espreme um pouco em seu dedo para passar sobre o machucado.