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🚨Este capítulo contém cenas de tentativa de suicídio. Se você for sensível a esse tipo de conteúdo, não leia. O início e o fim da cena serão marcados.🚨

𝐈 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔 𝐇𝐄𝐑𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄
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𝐒𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐆𝐀𝐍

POSICIONO A LÂMINA SOBRE MEU pulso. Sentia meus dedos tão frios quanto o objeto em minha mão, meu coração batendo tão forte por conta da adrenalina que quase rasga minha pele.

Fecho os olhos fortemente. Ninguém vai me impedir, sou só eu e eu.

Corro a lâmina pelo braço rasgando minha pele. Vejo o sangue jorrar e repito o mesmo processo no outro braço.

A energia se esvaia do meu corpo assim como meu sangue. Eu não tinha reação, apenas observava paralisada enquanto minha respiração estava descompassada.

Havia muito sangue, tanto que já formava uma poça no chão do banheiro.

O banheiro parecia cada vez mais vermelho. Fecho os olhos e me sinto mais fraca a cada segundo.

Sem que eu possa controlar, minha vida inteira passa diante dos meus olhos, todos os momentos bons e ruins. Minha mãe, Candace, Maggie, Amber... e aqueles olhos azuis. Aqueles que sempre prometeram sempre estar lá por mim, mas que agora eu não veria mais.

Lembro-me de cada palavra sua de conforto. Cada toque. Cada beijo... e eu estava o deixando. Sem mais nem menos, eu deixaria Philip. Aquele que fez de tudo para que eu não precisasse chegar a esse ponto.

Imagino a sensação de fracasso e a dor que eu o causaria. Philip sentiria que falhou comigo.

Merda! Não. Eu não posso simplesmente fazer isso com ele.

Reúno o restante de força que eu tinha e pego meu celular para ligar pra ele, que atende no segundo toque.

-Seline?

-Ajuda... minha casa... rápido.

Depois disso eu apago completamente. Minha visão escureceu e meus olhos pesaram. Meu corpo relaxou totalmente e eu não senti mais nada. Acabou.

𝐏𝐇𝐈𝐋𝐈𝐏 𝐒𝐌𝐈𝐓𝐇

Puta merda o que havia acontecido dessa vez?

Sem pensar duas vezes corro até a casa de Seline. A voz dela estava por um fio, o que tinha acontecido? Meu coração estava mais do que acelerado e eu não disfarçava minha preocupação.

A porta estava destrancada. Imediatamente vasculhei todos os cômodos do andar de baixo e no fim do corredor pude ver a porta do banheiro entreaberta e um líquido vermelho espalhado pelo chão.

Puta merda, Seline! Você não fez isso porra! Não! Não! Não! Não! Não! Por favor, Seline, qualquer coisa menos isso.

Empurro a porta do banheiro e encontro Seline desmaiada no chão, os pulsos rasgados de fora a fora.

Merda! Não, por favor!

— Seline? — Seguro seu rosto entre as mãos esperando uma resposta. — Ei, linda! Acorda! Olha pra mim!

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