Preparations

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   A manhã mal havia começado no dia da chegada de WangJi e Sizhui, quando Yaling se levantou e foi acordar seu novo recruta. Tinham muito a fazer e conferir. Tomaram o café da manhã da forma mais rápida que conseguiram e deixaram um bilhete para os pais antes de saírem correndo do prédio. 

   —Você pegou as velas? – Jin Ling perguntou, assim que entraram no táxi. 

   —Peguei ontem. – Yaling mostrou o celular para ele, com a lista das coisas que ainda tinham que fazer. – Ainda tenho que resolver aquela confusão entre o ZeWu-Jun e o tio Cheng.

   —E como você vai fazer isso?

   —Vou ter que descobrir até a noite. – Fez careta. – Se bem que meu tio sempre me ouve e ZeWu-Jun confia em mim. 

   —É melhor você falar logo com eles. – Jin Ling sugeriu. – Vai que não dá tempo aí fica aquele clima estranho. 

   —É, tem razão.

   Algum tempo depois, os irmãos se encontravam com os braços cheios de sacolas e Yaling ainda não havia resolvido o problema. Voltou para casa com Jin Ling para deixar as coisas que Yanli ia precisar e saiu novamente, enquanto mandava mensagem para Jiang Cheng, pedindo para encontrá-la em um café próximo a onde ele morava. Depois, ligou para XiChen e pediu que ele a encontrasse no mesmo lugar.

   —Seguinte, você vai deixar o orgulho de lado e ouvir tudo o que ele tem a dizer, okay? – Alertou ela, assim que Jiang Cheng chegou no café. 

   —Não sou orgulhoso.– Contrariou ele e Yaling o respondeu com uma gargalhada irônica. – Por que resolveu tentar fazer eu me resolver com ele justo hoje? 

   —Porque eu não quero que fique um clima estranho hoje a noite. Vocês dois pareciam duas estátuas quando se encontraram no aeroporto. – Jiang Cheng revirou os olhos. – Não revire os olhos para mim. Estou tentando te ajudar a fazer as pazes com seu passado. 

   —Você sabe que eu tenho namorado, não sabe? 

   —Eu não estava me referindo a esse tipo de fazer as pazes. – Foi a vez de Yaling revirar os olhos enquanto o empurrava para dentro do café. – Lembre-se, se tiver alguma coisa a dizer, diga. Porém cuidado com as palavras.  Ah! E explica para ele o que vai acontecer hoje a noite

   Algum tempo depois XiChen chegou. Yaling nunca ficou tão contente com um atraso como naquele momento.

   —Pode me fazer um favor? – Pediu, antes que XiChen entrasse. – Se ele perguntar se eu sei o que aconteceu entre vocês, fala que eu sei.

   —Mas você sabe. 

   —Sei? – Yaling franziu o cenho, até se lembrar de uma conversa que teve com XiChen há muito tempo. Ele havia dito algo sobre ter vários arrependimentos e que um dos maiores era ter partido o coração de alguém. – Meu Deus, você 'tava falando do meu tio? 

   XiChen assentiu com ar de riso, antes de adentrar o café. 

   Yaling tirou o celular do bolso para checar o que ainda tinha que fazer e "riscou" o tópico que se referia a XiChen e Jiang Cheng. Enquanto ia para o local que havia combinado com alguns de seus aliados, parou para pensar sobre a relação de sua família com os Lan. 

   "Gente, eles devem ter algum tipo de mel. Não é possível." Pensou consigo mesma. "Meus tios já namoraram os irmãos Lan, Jin Ling e eu somos melhores amigos do Sizhui e do JingYi, meus pais biológicos eram amigos do WangJi..." 

   Quando chegou ao lugar combinado já haviam algumas pessoas lá. Retirou o casaco, o jogando em um canto do jardim e foi ajudar Wen Qing e Jin Ling com a decoração.

    —Me sinto decorando um casamento. – Jin Ling comentou, se esticando para alcançar um dos vidros.
  
   —Se eles não derem certo, eu posso cometer um crime? – Wen Qing perguntou, desenrolando alguns fios.

   —Pode. Até te ajudo. – Yaling concordou rindo da irritação da mais velha, antes de ver Wen Ning aparecer no jardim. – Tio Wen! 

   —Fui buscar o álbum. – Wen Ning ergueu o pacote em sua mão, após dar um abraço demorado na sobrinha de consideração. 

   —E como ficou? 

   —Parece um livro mágico. 

   —Ótimo. – Yaling sorriu, o arrastando consigo para onde deixariam o livro. – Ele vai ficar aqui. 

   —De onde vocês tiraram dinheiro para tudo isso? – Wen Ning perguntou, olhando em volta. 

   —Meu pai.

   —Nem dá para acreditar que ele está ajudando. Ele e seus tios vivem em pé de guerra.

   —Estou tão surpresa quanto você.

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