Capítulo 67

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Foram minutos de silêncio. Ele deu o espaço que ela parecia precisar, enquanto olhavam o mar e o sol nascer bem ali acima dele. Quando percebeu ela havia dormido entre suas pernas e abraço. Sorriu a admirando, para variar. A achava ainda mais incrível depois de saber tudo sobre ela, tinha confiado a ele todas as suas vulnerabilidades e medos. O que ele tinha feito para merecer isso? Ele não sabia, mas estava orgulhoso dela por ter conseguido colocar para fora. Ele jurou a si mesmo que a faria feliz, não importava o que acontecesse, lutaria por ela e não deixaria que nada nem ninguém estivesse entre eles e então a faria superar todos os traumas, um de cada vez.

Ele não poderia levá-la no colo até o quarto, era uma boa caminhada, então mesmo sem querer precisou acordá-la.

Anahí: Podemos viver aqui para sempre? – Se aconchegou em seus braços.

Alfonso sorriu: Eu ia adorar. – Deu um beijinho em sua orelha. – Mas se formos para o quarto te faço uma massagem e dormimos mais um pouco antes de ir para o barco.

Anahí: Me ganhou na massagem. – Sorriu abrindo os olhos. – Bom dia.

Alfonso: Bom dia. – Ganhou um selinho antes dela se levantar.

No quarto tomaram um banho e caíram na cama, mas antes de dormir ele logo pegou o pé dela, cumprindo sua promessa.

Anahí: Eu amo sua massagem, mas deve estar cansado. Deita aqui e me abraça, vai! – Pediu manhosa e fez aquele bico que o tirava do eixo.

Alfonso: Quem consegue resistir? – A abraçou por trás e então estavam de conchinha. – Amor, posso te perguntar mais uma última coisa? – Estava com a cabeça ao lado da dela, virados para janela.

Anahí: Acho que pode perguntar tudo que quiser agora. – E nisso ele sorriu ao perceber que o corpo dela não tinha travado como sempre acontecia.

Alfonso: Seus pais adotivos... Como é a relação com eles?

Anahí deu um suspiro, mas de felicidade: Maravilhosa. Eles são as pessoas mais incríveis e com os maiores coração que conheço. São perfeitos.

Alfonso: Que bom. Eu percebo o amor que fala deles, desde o primeiro dia. Só queria checar. Vou deixar que descanse agora. – Beijou sua cabeça;

Estavam exaustos, não só fisicamente, e em pouco tempo encontrariam os amigos no barco. Fariam um mergulho, almoçariam em alto mar e de noite conheceriam um restaurante novo.

Anahí: Mas eu nunca mergulhei. – Estava indecisa se iria, já dentro do barco.

Maite: Vai tranquila. O Poncho sabe exatamente como é, ele te ajuda! – Terminava de colocar a roupa própria de mergulho. - Imagina as fotos que vai conseguir fazer!

Anahí segurando a máscara de mergulho na mão: Deve ser lindo, né?

Dulce animada: É perfeito, amiga! Sério, não perde essa chance! Vamos tirar fotos juntas embaixo d'agua também! E quanto ao medo, não precisa! Vamos com guias e como a Mai disse o Poncho está acostumado, vai cuidar de você.

Maite: Isso. Está tudo bem? Seus olhos estão um pouco inchados.

Anahí sorriu: Está tudo ótimo, Mai. – E realmente estava e isso era percebido em sua voz.

Christophe apareceu: Prontas?

Dulce: Estamos ajudando a Any, é a primeira vez dela.

Alfonso: Pequena, e aí? – Chegou logo em seguida, animado. – Vamos?

Anahí: Vamos, mas não pode me soltar um segundo, nunca fiz isso!

Alfonso: Pacto. – Beijou sua testa enquanto a ajudava com a máscara. – Só um beijinho antes?

Anahí riu: Só um beijinho antes. – Juntou os lábios nos dele três vezes.

Logo estavam dentro do mar. Alfonso cumpriu e estava com ela o tempo todo, mesmo com os guias ali. Sempre perguntava se estava tudo bem com a mão e ela respondia com um sinal de "joia". Ela estava deslumbrada com a paisagem, agradeceu por estar ali, com ele e presenciando tanta beleza da natureza.

De noite foram jantar, Anahí e Alfonso estavam aproveitando o último dia que não precisariam se esconder até saber-se lá quando. Passaram uma última noite andando pela praia, dessa vez com os amigos. Foram conversar sobre como seria na capital apenas no carro, na volta do aeroporto para casa.

Alfonso com uma mão no volante e outra na perna dela: Então, voltamos a situação inicial.

Anahí acariciando sua nuca: Eu sei, mas você viu como foi impossível. Ele conseguiu me tirar do sério, eu não sabia mais por onde iniciar a conversa, ou melhor, terminar.

Alfonso: Eu sei, não estou te culpando. Mas ele não pode fugir a vida toda e nem nós.

Anahí: Quero resolver isso, sério. Tem alguma dica?

Alfonso: Eu não queria deixar isso tudo nas suas costas, mas não posso intervir porque já estamos bem complicados com a nossa relação com o Miguel. O que poderia tentar fazer é mostrar para ele que ele está sendo infantil, mas também me parece que eu seria um tanto quanto babaca ao fazer isso, né.

Anahí: Não, acho melhor nem falar nada. Imagina eu termino, depois de sei lá quanto tempo abrimos que estamos juntos e ele vai ligar os pontos. Vou dar um jeito, logo.

Alfonso suspirou: Acho que ele vai ligar os pontos na mesma hora que souber de qualquer forma.

Anahí: Tem medo?

Alfonso sorriu de canto: Lógico. É meu irmão eu não quero arruinar nossa relação. Foi mais forte que eu. Só que eu não estou arriscando isso por qualquer pessoa e isso me conforta.

Anahí: Eu sei. – Tranquilizou. – Então eu não sou qualquer pessoa, hã... – Ele estacionou em casa. – Cantadas baratas essas horas, mexicano de quinta?

Alfonso tirou o cinto e se virou sorrindo: Usaria todas elas em qualquer hora com você, minha garota espanhola. – Olharam ao redor e então avançaram para boca um do outro, dando um beijo de despedida.

Anahí: Obrigada por tudo. Foi a viajem mais linda que já fiz.

Alfonso: Obrigado por confiar em mim. – Apertou seu queixo e ela sorriu.

Retiraram as malas do carro e ele fez questão de levar a dela. Tinham sido 4 dias, eram pequenas.

Miguel: Amor! – Disse animado indo até a porta, assim que chegaram. – Como foi? – A abraçou, mas ela não correspondeu.

Anahí: Ótimo.

Armando: Fizeram boa viagem? – Cumprimentava o filho, assim como Ruth.

Alfonso: Sim, bem tranquila. Any vou deixar sua mala no seu q...

Miguel interrompendo: Pode deixar que eu levo a dela, Poncho. Obrigado! – Pegou a mesma e já saiu puxando a mão da namorada, não dando tempo de nada.

Alfonso assentindo, contrariado: Eu vou subir as coisas e desço para almoçar.

No quarto, assim que entraram Anahí colocou a bolsa no aparador e quando ele estava se aproximando ela cortou.

Anahí: Vamos conversar. – Estendeu a mão em um sinal para ele parar onde estava. – E hoje você não me escapa.

My Only OneOnde histórias criam vida. Descubra agora