Capítulo 155

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Alfonso com raiva: Sai agora do meu bar.

Cecília no mesmo tom: Eu só vim te dar um recado, seu babaca.

Alfonso já com a respiração alterada: Não preciso de recado nenhum seu, sua maluca. Se não sair por bem, vai sair por mal.

Cecília debochada: Agora agride mulher, Alfonso? Ah chegou quem faltava! – Anahí chegara quase correndo para entender a confusão acompanhada das amigas. Alfonso assim que vira a ex saíra do bar, mas ainda assim os clientes ao redor já notaram a confusão. – Eu não acredito que depois de tudo está com ela, Alfonso. – Olhou com desprezo para a espanhola que respirou fundo para não responder.

Alfonso: Você não precisa acreditar em nada, só precisa sair do meu estabelecimento. Como eu disse por bem... – Apontou a porta. – Ou por mal. – Apontou os dois seguranças ao lado deles apenas aguardando a ordem de um dos patrões.

Cecília: Você se acha o melhor, né? O mais bem sucedido, o mais legal, o mais perfeito... Quando na verdade você não passa de um filhinho de papai prepotente e egoísta, Alfonso!

Anahí: E ainda assim você não sai do pé dele, não é mesmo? – Tomou a frente, fazendo com que Alfonso até fechasse a boca e engolisse a resposta que daria. Todos os amigos a olhando surpresos. – Você não cansa de se rebaixar TANTO por alguém que já deixou bem claro que não quer nada com você?

Cecília: A conversa não chegou na cadeia, assassina.

Anahí: Você me dá muita pena. – Ela agora tinha a respiração levemente alterada, mas a frase não a atingiu como Cecília queria e claro que isso fazia com que todos se espantassem ainda mais. E o único motivo que Alfonso ainda não tinha pedido para os seguranças arrastarem aquela mulher dali era porque pela primeira vez via Anahí em meio a um conflito sem estar em crise. – Você precisa mesmo tentar virar o jogo assim? Cadê aquela mulher cheia de classe? - Ironizou.

Cecília: Olha quem fala de classe. – Desdenhou.

Anahí revirou os olhos: Não sou eu não me faço de classuda. Diferente de certas pessoas. Não sou eu quem causou um alvoroço público mais de 2 vezes. – Abriu os braços mostrando o bar inteiro olhando. – Você pode tentar o que for, ainda assim esse anel vai continuar no meu dedo. – Levantou a mão direita evidenciando o anel de noivado – Eu sei que você já sabia disso porque deve estar perseguindo nossas vidas. Já passamos por isso e não foi por isso que nos afastamos. Não que mereça, mas eu vou te dar um conselho. Supera porque se não o fizer, você vai enlouquecer ainda mais do que já enlouqueceu.

Cecília: Acha que é quem para falar assim comigo sua atrevida? Fala de mim e veio aqui brigar por ele também?

Anahí quase deu risada: Eu sou a noiva dele. – Ergueu a sobrancelha com um sorriso de canto ao ver como aquela simples frase desarmou a outra. – Nós vamos nos casar e provavelmente morar aqui no México. Talvez em uma casa grande, nada muito chamativo, mas que seja o suficiente para termos nossos filhos, quem sabe. – Olhou Alfonso e ele sorriu admirado. – Acho que quatro, como ele sempre quis, né amor? – Cecília até perdeu a fala. – Sem esquecer nosso cachorro, é claro. – Deu ombros agora falando calma. – Se quer saber eu não vejo a hora. Engraçado que há pouco tempo eu mal pensava nisso, mas quando achamos a pessoa certa a gente sabe. E veja só, quando você estava com ele nem aceitar a profissão que ele escolheu, você aceitava. Então não, eu não preciso e eu não estou aqui brigando por ele. Muito menos COM VOCÊ. – Enfatizou. – Vai embora, Cecília. Você já passou muita vergonha para tão pouco tempo. – Negou com a cabeça e se virou para sair.

Alfonso: Nem pense nisso. – Se adiantou e segurou o braço dela quando ia puxar os cabelos de Anahí. – Por favor... – Olhou os seguranças que na hora bloquearam Cecília a convidando a se retirar.

Cecília: VOCÊS ME PAGAM! EU TE ODEIO ANAHÍ E EU VOU PROVAR PARA TODOS QUE VOCÊ É UMA INTERESSEIRA! – Gritava enquanto andava para a porta de costas, com os seguranças a forçando a isso sem encostá-la.

A cena que ficou era até engraçada. Os clientes quase que congelados olhando os seis amigos no meio do bar. Anahí então soltou o ar e olhou o noivo um tanto quanto assustada com a própria reação.

Anahí: Eu... Eu não... – Franziu a testa. – Eu fiz mesmo isso? Na frente de... toda essa gente? – Olhou em volta e quando os amigos voltavam para mesa, os clientes voltaram a beber e conversar em cada mesa que ocupavam.

Alfonso riu da carinha dela: Fez. – Colocou a mão entre seu rosto e pescoço, acariciando sua bochecha com o polegar.

Anahí perdeu a cor: Meu.Deus. – Falou chocada, os olhos levemente arregalados.

Alfonso sorriu de canto: Eu não vejo a hora da gente começar a vida juntos definitivamente. – Se aproximou. – Eu te amo tanto. Eu achei que isso não era possível, mas... Cada dia mais.

Anahí: Você nem pense em se achar... Duas pessoas brigando por você.

Alfonso: Achei que não estava brigando por mim.

Anahí: Não estava. – Fingiu não ligar, mas enlaçou seu pescoço. - Mas acho que pareceu que sim né?

Alfonso negou com a cabeça: Você nunca vai precisar brigar por mim. Sou todo seu. Pra sempre. – Se aproximou para beijá-la.

Anahí: Mas se fosse preciso, eu brigaria. – Encerrou com um sorriso de canto e aceitou o beijo delicado que ele lhe deu.

E sem nem perceber, Anahí ia melhorando. Esquecer um passado como o dela era uma tarefa impossível, mas deixá-lo no fundo da memória sem assombrá-la diariamente não. Não mais. E esse era apenas mais um capítulo que provava o quanto ela finalmente estava pronta para viver a vida de verdade.

Naquela noite, nada do que Cecília tinha falado tinha atingido ninguém por ali. Dulce e Maite tinham os olhos brilhantes de ter Anahí junto delas novamente. Anahí parecia da mesma forma. Depois que deixaram as mulheres conversando a vontade, os homens se juntaram na mesa mais para o fim da noite. Mia e Miguel não costumavam se juntas a eles no meio da semana, trabalhavam bastante até tarde e depois mesmo que saíssem era um jantar rápido pedido na casa de Mia e dormiam.

Dulce: Tá, mas você já sabe o que quer?

Anahí: Gente eu fiquei noiva pouco mais de uma semana. Eu NUNCA tinha pensado que me casaria, eu não sei NADA.

Dulce: Eu e o Ucker não nos casamos na igreja, não fizemos festa grande. Casamos no civil com uma comemoração apenas para nossas famílias, Poncho, Mai, Adam e Chris de padrinhos, fizemos uma festinha para sei lá, trinta pessoas e no dia seguinte viajamos.

Anahí: Tudo bem, é mais ou menos o que eu penso, só que já viu o tamanho da família do Poncho? – Deu um gole no chopp.

MAite: É, isso é.

Anahí: Nós ainda nem conversamos sobre isso, mas eu sei que ele não liga para nada estrondoso. A Mia está planejando o casamento do século. – Riu divertida se lembrando da cunhada.

Dulce: Então quando se falarem e decidir isso, nos avise. Como madrinhas temos que te ajudar.

Anahí ergueu a sobrancelha: Como madrinhas? Quem disse? – Dulce e Maite se olharam e caíram na gargalhada, que ecoou pelo salão já sem clientes e fez com que os homens as olhassem, entendendo o assunto em seguida.

Maite: Minha querida, se não formos suas madrinhas a gente destrói seja lá o que for fazer nesse casamento.

Anahí: Eu que não quero isso, né? – Brincou e abraçou as duas de lado. – Claro que serão minhas madrinhas, eu nem sei quantas a etiqueta permite, mas eu nunca soube de etiqueta mesmo.

Dulce: Agradecida. – Levantou o copo.

Em casa, Anahí aproveitou que Alfonso subiu e que estavam sem sono para puxar o assunto e alinhar as expectativas do casamento deles.

My Only OneWhere stories live. Discover now