Capítulo 83

522 41 10
                                    

Antes que a situação ficasse ainda mais tensa, Ruth se aproximou com Armando enquanto os familiares tentavam disfarçar a curiosidade e olhavam de rabo de olho. Alguns. Outros olhavam descaradamente. Anahí endireitou a postura e olhou com certo receio. Quase que ela não tinha ido, mas Alfonso a convenceu dizendo estar com ela o tempo todo.

Ruth: Boa noite.

Anahí sem graça: Boa noite. – Apertou a mão de Alfonso.

Ruth: Seja bem vinda. – Anahí abriu mais os olhos surpresa e Alfonso sorriu de canto. Sua mãe era incrível, definitivamente.

Ele tinha levado Anahí lá porque queria estar com ela, óbvio, mas isso só era possível porque ele sabia que quando a mãe e o pai aceitavam alguém dentro de casa, jamais permitiriam que fosse destratado ou seriam rudes. Isso era comprovado naquele momento.

Anahí: Obrigada. Eu... Só... Obrigada.

Armando: Fique tranquila. – Pegou sua outra mão e deixou entre as suas. – Estamos felizes que está conosco hoje.

Anahí sorriu: Eu também. Sério, eu nem sei o que dizer. – Olhou Alfonso, que sorriu e alisou suas costas.

Ruth: Não precisa dizer nada. Qualquer pessoa que faça os olhos dele brilharem desse jeito merece uma segunda chance. – Conseguiu sorrir e deu um rápido abraço, fazendo a ainda nora respirar aliviada. Só que o alívio durou pouco e isso porque Miguel estava se aproximando.

Ela mudou a expressão para uma assustada e rapidamente se colocou atrás de Alfonso. Claro que ninguém tinha entendido nada, a não ser os cinco.

Alfonso: Miguel, não. – Estendeu a mão pedindo que parasse.

Miguel sorriu: Só vim dar as boas vindas a minha cunhadinha. – Continuou se aproximando e Anahí ficou inquieta, tentando conter o nervosismo. Alfonso apenas colocou a mão para trás e segurou a dela, sem deixar de encarar o irmão. Agora sim a sala estava em completo silêncio.

Ruth murmurou: Miguel, por favor.

Armando: Vamos. – Apaziguou e segurou o braço do filho, caminhando para o outro lado da sala.

Alfonso: Tudo bem? – Se virou e ela assentiu depois de suspirar.

Ruth: Venham, estamos comendo alguns aperitivos. Fique a vontade Any, as bebidas estã...

Alfonso interrompeu sorrindo: Estão no balcão. Pode ficar calma, não viemos para brigar. – Afagou os ombros da mãe, que estava tensa e isso era notado em seu tom de voz. – Vamos ficar na nossa e apenas passar o natal junto com vocês. Certo? – Olhou a namorada.

Anahí sorriu: Certo. Viemos em paz. – Levantou a mão direita e a sogra sorriu assentindo.

Caminharam e ele apenas deu um oi geral, não queria correr o risco dela se sentir mal ou alguém soltar um comentário inoportuno. Pegaram uma bebida e então se sentaram, em um dos bancos sem encosto, próximos da janela.

Alfonso: E aí? Como se sente?

Anahí sorriu ainda um pouco nervosa: Um pouco melhor. Seus pais são... Sem palavras.

Alfonso: Eu sei. Não esperava que fosse ser tão... de boa, sabe? – Ela assentiu.

Anahí: Mas todos estão nos olhando. – Analisou de canto de olho.

Alfonso: Lógico. Estou com a garota mais bonita que já viram na vida, óbvio que vão olhar. – Descontraiu e ela riu baixinho enquanto ele apertava seu queixo de leve.

Anahí: Obrigada. Por tudo isso, por estar comigo, por passarmos o natal juntos e não ligar para nada disso. – Apontou com a cabeça os curiosos de plantão.

My Only OneWhere stories live. Discover now