Capítulo 152

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Anahí quase sem voz: É... a coisa mais linda que já vi.

Alfonso: Além de mim, é claro. – Riu depois que recebeu um leve tapa no ombro.

Ele caminhou devagar um pouco a frente dela, entrando em um dos vários corredores quase infinitos de rosas. Se virou a chamando com a mão e continuou caminhando de costas. Praticamente não andavam de tão lentamente que se moviam.

Alfonso: Eu estava pensando... Que um dia você me disse que ama as flores porque elas não fazem promessas. – Ela assentiu. – E então me ocorreu que só não te fizeram as promessas certas ainda.

Anahí: Como assim? – Mordeu o lábio. Ele a encarava de um jeito diferente. Ainda tinha amor, tinha carinho... Mas ela não decifrou a primeiro momento.

Alfonso: Eu não posso te prometer que nunca vai se machucar, mas posso prometer que eu vou te ajudar a se curar sempre. Que tal? – Ergueu a sobrancelha.

Anahí contendo o sorriso: Hum... Cantadas baratas do meu mexicano de quinta? Podemos continuar conversando. – Fingiu uma pose mais séria.

Alfonso sorrindo: Sempre vou usar todas com você, minha garota espanhola. – Piscou. - Não posso te prometer que tudo vai ser sempre sair como planejamos. Mas posso prometer que vou estar com você em cada desvio de percurso também. – Abriu os braços e os deixou cair.

Anahí: Ok... Continue, senhor Herrera.

Alfonso: Não posso prometer que todos os dias vão ser de sol. Mas eu posso prometer que vou sempre me molhar na chuva com você.

Anahí: Eu sempre gostei da chuva. – Ponderou levantando um ombro.

Alfonso: Não posso prometer que as flores vão durar para sempre. Mas posso prometer que vou te dar flores novas sempre.

Anahí comprimiu os lábios: Eu realmente amo flores. – Analisou com aquele olhar apaixonado, que somente ele conhecia.

Alfonso: Não posso te prometer que o pra sempre existe. Mas posso prometer que o NOSSO pra sempre vai além do sempre.

Ela não entendeu, mas o coração nessa hora disparou e ele percebeu a respiração dela sofrer uma leve alteração. O que o fez sorrir, já que a respiração dele acompanhou. Se olhavam fixamente e ela sabia que tinha algo mais ali, naquele sorriso, naquele olhar, naquelas palavras... Naquelas promessas.

Alfonso: Não posso prometer que nunca vou cometer erros. Mas eu prometo, amor, que vou consertá-los um a um. – Parou de andar e ela parou junto. Estavam perto, mas não o suficiente para se tocar.

Ele estendeu a mão para o lado e pegou uma das rosas vermelhas e se aproximou lentamente dela.

Alfonso: Não posso prometer que você nunca mais vai sentir medo. – Encostou o corpo no dela. – E se você sentir, tudo bem. – Foi contornando o corpo dela, passando as pétalas das rosas pela lateral do rosto dela, quanto ele parou atrás, deixando o rosto ali com a boca colada em seu ouvido. – Porque eu prometo que vou te ajudar a superar seus medos um a um.

Ela fechou os olhos, arrepiada, o corpo parecia tremer. Ele passou o nariz por seu pescoço e ela soltou o ar sentindo seu perfume misturado com o da rosa, que estava na mão esquerda livre dele. A direita ele passou pela cintura dela apertando levemente. Ela quase se desmanchou em seus braços.

Alfonso: Também não posso prometer que você nunca mais vai chorar. – Deu um beijinho em seu pescoço e sentiu as costas dela colarem um pouco mais em seu peito. – Mas posso prometer que vou sempre achar o caminho para fazer seu coração sorrir de novo.

Anahí: Amor... – Disse de olhos fechados, totalmente rendida e envolvida na situação.

Alfonso sorriu mais: E eu não posso prometer que as pessoas não vão quebrar as promessas que fazem com você. – Completou a volta em seu corpo e ela abriu os olhos, com ele mais próximo. Frente a frente. – Mas posso prometer que as minhas vão ser todas cumpridas.

Ela deixou uma lágrima cair sentindo aquele olhar queimar sua pele e então ele colocou a rosa entre eles, segurando com a mão direita.

Alfonso: Eu prometo que vou continuar aqui e ser seu. – Ela olhou quando ele colocou a ponta do indicador esquerdo em um dos espinhos e empedrou ao ver o pequeno objeto no centro da rosa. – Pra sempre.

Anahí voltou a encará-lo com a voz trêmula: E eu... prometo acreditar em todas as suas promessas. - Levantou o indicador direito, colocando na ponta de outro espinho.

Alfonso sentindo o coração quase sair pela boca: Casa comigo, pequena?

Anahí deixou mais uma lágrima cair e assentindo de leve disse o que ele mais esperou ouvir: Caso.

E como se fosse combinado pressionaram de leve o dedo no espinho. E agora ela entendia aquele primeiro olhar do namorado que não decifrara. O primeiro olhar que a primeiro momento não entendeu desde que o conheceu. Era um olhar de comprometimento, de segurança, cheio de promessas verdadeiras. A promessa de estar com ela para o resto da vida. Ela que nunca tinha sonhado com aquilo, se via na sua maior ansiedade por colocar aquela aliança de brilhante no dedo, ansiosa para que fossem um para o outro amor de toda uma vida. E no fim.... Aquilo existia mesmo e estava acontecendo com eles. Como quando ela disse estar pronta para se apaixonar por ele, agora estavam prontos para aproveitar a vida juntos, não importava o que poderia acontecer. Os sorrisos estavam mais reluzentes que nunca e ele deslizou o anel pelo anelar esquerdo dela. A rosa tinha ficado largada quando ele tirou a câmera do pescoço dela e pendurou em seu próprio braço, a abraçando pela cintura enquanto colava suas testas. Fecharam os olhos sorrindo e o beijo veio em meio aquele sorriso, que podia ser sentido enquanto ela envolvia seu pescoço delicadamente. Se dependesse deles, não haveria mais lágrimas, a não ser de felicidade. E então estavam onde sempre deveriam estar... Nos braços um do outro, com uma promessa de permanecer ali para sempre. Hoje quem era testemunha disso era o mar de rosas, como ela gostava, testemunhando a primeira promesse feita por aquela garota espanhola. De livre e espontânea vontade.

My Only OneWhere stories live. Discover now