Capítulo 123

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Anahí: Eu... Pensei muito. – Começou depois de minutos em silêncio e ele assentiu. – Eu preciso... Mas eu te amo tanto. – A voz vacilou. - Eu só preciso que acredite nisso.

Alfonso: Eu sei. – Caminhou até ela, se abaixando em sua frente e pegando suas mãos. – E eu acredito. Mas isso não faz com que eu não sinta como se estivesse perdendo parte de mim. Porque no fim eu estou. – Apertou suas mãos. – Você é parte de mim, pequena.

Anahí deixou uma lágrima escorrer: E você de mim. O problema é a parte que fica apenas comigo. Entende? – Ele assentiu. – Eu... sou a mulher mais feliz do mundo com você. Mais amada, mais... Completa. O problema é que eu não posso ficar agarrada em você vinte e quatro horas por dia e então quando você não está... – Balançou a cabeça. – Tudo dentro de mim congela. E... viver congelada... – Chorou. - É muito frustrante quando você luta com tanta força para não perder a guerra com você mesma todos os dias.

Alfonso: Eu te estruturo e depois você cai em pedaços, certo? – Citou uma das músicas que ela citara no dia da terapia, limpando seu rosto.

Anahí: Certo.

Alfonso: Como pode me pedir que te deixe assim? – Ele quem deixou as lágrimas escorrerem. – Como pode pensar que vou te deixar?

Anahí: Eu preciso que me deixe. – Suspirou. – Eu preciso cuidar para que a minha metade seja inteira para você e para nós. E isso nunca vai acontecer se ela não for inteira para mim.

Alfonso negou: Por que não me deixa te ajudar? Eu consegui até hoje, podemos tentar!

Anahí segurando o choro: Mais? – Ele fechou os olhos. - O que eu mais queria era sua ajuda. Sempre. Mas se eu não fizer isso sozinha um dia vamos desmoronar em definitivo. E o que eu quero ainda mais que sua ajuda, é ser sua para sempre, ficar ao seu lado e fazer tudo que a gente quiser fazer juntos. – Sorriu sincera e acariciou seu rosto. - Eu não entendo muito do amor, tudo que eu sei você quem me ensinou. Mas eu sei que se eu não fizer isso agora, um dia vai me ressentir porque eu não vou sair do lugar. Pelo contrário, só vou andar para trás como têm sido os últimos tempos.

Não era surpresa para nenhum dos dois estarem naquela sala, tendo aquela conversa enquanto choravam sentidos. Era algo que sabiam que vinha acontecendo, mas que pelo amor que sentiam evitaram ao máximo. Não adiantava Anahí se forçar a estar bem porque ela não estava. Isso arrasaria com o relacionamento deles de vez com o tempo e ela enxergar isso era um avanço sim, por mais que naquele momento não parecesse.

Alfonso: Eu nunca vou te ressentir ou culpar por nada. Eu só quero estar com você, cuidar de você, de nós. Quero porque te amo e não por obrigação, quero porque você é a mulher da minha vida e eu sei que você sabe disso.

Anahí: Eu sei. – Fungou. – Mas eu to me destruindo a cada dia, fingindo que melhoro para ser boa o suficiente para você e consequentemente eu te destruo junto. – Ele negou. – Você sabe que sim. E quando eu vejo o que faço com você nessas horas eu ... me odeio!

Alfonso negou novamente: Pequena... – Suspirou tomando fôlego, nem se lembrava a última vez que tivera tanta vontade de chorar. – Eu não posso. Não posso ficar sem você. Você não me destrói, você é tudo. Você é mais que o suficiente do jeito que é, é perfeita pra mim.

Anahí quase desistindo: Eu não sei como eu vou conseguir também. – O abraçou e ficaram assim no chão da sala. – Mas eu vou conseguir por mim, preciso por mim primeiro. Tudo porque eu quero ficar com você.

Alfonso assentiu: Mas você não pode.

Anahí: Não agora. – E lá vinha mais silencio.

Alfonso: Não é por ontem, não é? – Perguntou sabendo a resposta, mas quis confirmar.

My Only OneWhere stories live. Discover now