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Dulce

Fazia algumas semanas que eu não recebia nenhuma carta de Christopher, isso me deixou tão preocupada que passei uma noite inteira chorando

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Fazia algumas semanas que eu não recebia nenhuma carta de Christopher, isso me deixou tão preocupada que passei uma noite inteira chorando. Eu não entendia o porquê da vida ser tão injusta comigo, o amor da minha vida e pai do meu filho poderia nem estar mais vivo, alguma coisa havia acontecido com ele. Eu iria completar cinco meses em alguns dias e ele nem sabia que seria pai. Christopher, se estivesse bem, voltaria em janeiro do ano que vem. Estávamos no começo do mês de maio, a primavera se aproximava.

Enzo estava previsto para chegar no final de setembro, eu, apesar de faltar alguns meses, já tinha tudo pronto. Ontem meu pai finalmente deixou eu ver o quartinho dele, me emocionei tanto. Era tudo do jeito que eu queria, tinha um berço enorme, uma  cadeira de amamentação, um sofá pequeno, prateleiras com potes em cima e um guarda-roupa. E o melhor é que tudo era decorado com o tema "príncipe" como eu pedi. Ficou a coisa mais linda do mundo.

Minha barriga estava um pouco grande, não tanto mas já se dava para notar que havia um ser dentro de mim. Em dois dias seria meu último na faculdade. Quando eu voltasse, não iria faltar muito para me formar.

— Oi D! — Maitê entrou em minha casa para me visitar.— Como está meu sobrinho ?

— Oi, May. Ele está bem.— Sorri e a abracei.

— Que bom, amiga. Não pude vir te visitar esse dias por causa do trabalho. Eu estou tão atarefada.

— Não se preocupa, amiga.

— Então, você está se sentindo bem ?

— Para falar a verdade, não. Eu não recebo notícias de Christopher à semanas, eu tenho muito medo do que pode ter acontecido.

Maitê ficou com um semblante sério, parecia pensar em dizer algo.

—Dulce, eu não deveria te contar porquê você está grávida mas você tem que saber, não posso te esconder às coisas.

— O que houve? Aconteceu alguma coisa com ele não é? — Comecei a derramar várias lágrimas já imaginado o pior.

— Olha, preciso que vá até a casa dos meus pais, hoje às sete. Lá eles vão te dizer do que se trata. Preciso ir agora, amo muito vocês, não chora tá?— Me deu um abraço rápido e saiu correndo sem nem ao menos me deixar falar.

Eu já imaginava que seria alguma notícia ruim, ele não estava bem. Do nada não mandou mais cartas nem notícias, chorei a tarde toda pensando o pior. O que seria de mim e de Enzo?

Quando deu quinze para às sete, avisei meus pais que pareciam um pouco ansiosos que iria até a casa de meus sogros e Alfonso me levou até lá. Conforme andava até a casa, sentia como se estivesse sem chão.

Toquei a campainha e tia Alê abriu a porta dando um sorriso nervoso, eu estava com uma cara péssima pra piorar.

— Oi querida, entre.— Me deu espaço e eu entrei a observando.

— O que houve com ele ?

— Você já vai saber, meu bem.— Tocou minha barriga.— Ele está bem ?

Assenti e ela pediu para que eu a acompanhasse até a sala, sentamos e ela não falou nada. Eu estava estranhando tudo aquilo. Foi quando pensei estar vendo uma miragem em minha frente, parecia um pensamento real. Fiquei estática olhando em direção à porta e acariciei minha barriga.

P.S Eu Te AmoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora