Concluída || " Há amores que ultrapassam as barreiras da vida."
Dulce Saviñón nunca pensou que pudesse se apaixonar por alguém tão intensamente. Quando conheceu Christopher, encontrou o amor de sua vida e tudo o que ela mais queria era viver do lad...
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Eu coloquei os cookies de chocolate no forno, eles assariam por alguns minutos. Sempre fazia para comermos à tarde, Enzo e Luna amavam tanto os biscoitos e eu sempre fazia para agradá-los.
-Mãe! - Enzo veio correndo até a cozinha.
- Oi, meu bem.- Falei enquanto lavava as mãos sujas.
- O papai colocou um novo quadro! - Sorriu animado.
Nossa casa era espaçosa demais e havia um quarto que Christopher reservou para colocarmos vários quadros com fotos de nós quatro em vários momentos, era como um museu. Cheio de lembranças e sorrisos que eu sempre faria questão de guardar na memória.
Algumas pessoas me diziam o quanto eu era negativa em relação a minha doença pelo fato de eu estar esperando a morte. Mas, as pessoas não entendiam que a morte é algo que você nunca consegue lidar, por mais que tente é quase impossível não se preocupar com o dia em que deixaremos esse mundo.
Por isso eu havia feito a promessa de viver intensamente, desde o dia em que recebi o diagnóstico naquela sala de hospital. Eu sabia que precisava ficar com as pessoas que amo. Precisava ver meus filhos brincando e Christopher sorrindo para mim.
Christopher ficou calado e não falou nada por dois dias quando recebi meu diagnóstico, meus pais choram sempre, meu irmão me trata como um bebê de um ano e meus amigos sempre me olham tristes. Os únicos que parecem não perceber são Luna e Enzo, para eles é apenas uma febre. Eu os agradecia por pensarem assim.
Eu não tinha medo da morte e sim se deixar eles mal, eu precisava me certificar que todos ficariam felizes e seguiriam com suas vidas. Meus filhos cresceriam com o pai. Eu queria ver minha menina entrar no colegial e meu menino se formar. Eu queria, junto de Christopher eu queria.
Segui Enzo até o quarto e encontrei Luna sorrindo abertamente enquanto observava o pai colocar o quadro cor de areia com uma foto dos três sorrindo cobertos de tinta guache no rosto na parede em meio a tantas outros cheio de sorriso e gargalhadas sinceras de felicidade. Às vezes eu entrava aqui e sorria pela sorte que eu tive em ter essa família.
-Só faltou a mamãe.-Luna olhou a foto onde havia ela, Enzo e Christopher e sorriu para mim.
- Sempre vai faltar a mamãe.- Christopher sussurrou.
Porque por mais difícil de aceitar, ele sabia que eu iria partir.
