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Dulce

Entrei no carro após voltar de mais uma sessão de quimioterapia, eu estava com muito enjoô e sono

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Entrei no carro após voltar de mais uma sessão de quimioterapia, eu estava com muito enjoô e sono. Esses eram alguns dos efeitos colaterais do tratamento, também comecei a perder os cabelos, e a ficar mais indisposta e com muita preguiça. Christopher fazia a maioria das coisas quando eu não me sentia bem, enquanto ele trabalhava no batalhão e voltava só a noite, Anahí vinha ficar comigo junto com minha mãe. Christian, meu amigo e agora meu cunhado também vinha me visitar com Maite e Dan. Meu pai e meu irmão Alfonso, que agora namorava Anahí após eu os apresentar também vinham sempre. Eu estava rodeada de amor é cuidados, não havia o que reclamar.

O médico não deu nenhuma novidade, o que nos fez voltar para casa comp se nada tivesse acontecido. Eu já havia me acostumado a isso.  Cheguei em casa e Christopher me ajudou a entrar, Enzo e Luna estavam na casa de meus pais. Fomos para o quarto e me sentei com cuidado na cama respirando fundo pelo cansaço.

—Não quer tomar um banho, amor?— Beijou a ponta do meu nariz e sorriu se sentando ao meu lado na cama. Eu tinha tanta sorte por tê-lo.

— Não, só mais tarde. Agora quero descansar um pouco.— Deitei na cama e o puxei para se deitar ao meu lado.— Tô com saudades dos meus bebês.— Fiz beicinho.

Christopher gargalhou.

— Sua mãe ligou perguntando se eles podiam dormir lá. Eles iriam comer pipoca e ver filme com os avós.— Suspirou.

— Ah, poxa.— Falei triste.— Mas tudo bem, eles merecem se divertir um pouco e também não quero me vejam nesse estado.

— Dulce...

— Christopher, eu estou morrendo. Não quero que meus filhos presenciem meus últimos momentos nesse estado, e sim comigo bem e feliz.— O abracei deixando cair algumas lágrimas.

— Amor, você não vai morrer.— Passou a mão pelos meus cabelos.

— Nós dois mais do que ninguém sabemos que sim.

— Como eu vou ficar sem você? Me diz.

— Eu sempre vou estar com você. — Coloquei a mão em seu peito.— Aqui dentro. Sempre.

Ele permaneceu calado.

— Eu quero ir com você.—Soltou.

— O quê? Não. Você não pode.

— Eu vou com você, de uma forma ou de outra.— Falou convicto.

— Não, não diz uma besteira dessa.

— Eu não vou aguentar ficar sem você. Eu posso perder tudo, menos você e meus filhos.

— É por isso que você tem que seguir em frente. Por eles.— Sussurrei. Falar essa palavras eram como um tiro no peito.

— Eu vou precisar de mais uma vida porquê o meu amor não cabe todo nessa.— Beijou meus lábios.

— Eu te amo, meu amor. Pra sempre.

" A vida é como um teatro. Por isso dance, cante, ria e chore. Pois quando as cortinas se fecham, é o fim do show."

P.S Eu Te AmoWhere stories live. Discover now