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Após a morte da mãe, Mandy Donovan cresceu aos cuidados de seu pai. Isolada e sem amigos, ela não acha que há possibilidades de conhecer pessoas novas no momento. Mas isso muda quando Zac Trayne, uma rapaz de vinte anos e chei...
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Nunca fui boa em conhecer pessoas, era tímida demais, fechada demais, tudo demais. Tinha bastante dificuldade, era muito mais fácil quando era só o meu mundinho isolado do mundo lá fora. E lá estava Zac, com aquelas pessoas todas. E eu que pensava que ele não tinha amigos.
Abracei meu corpo junto ao meu casaco e fechei a porta atrás de mim, indo em direção à eles. Estava tremendo, conhecer gente nova era pavoroso para mim, Zac percebendo meu nervosismo, me lançou um sorriso e me estendeu a mão, prontamente a segurei e ele me puxou para perto de seu corpo, uma mão segurando a minha e a outra na minha cintura, me transmitindo uma certa segurança.
— Mandy, esses são algumas pessoas que eu conheci depois que saí daqui... Nós não diríamos que somos os melhores amigos do mundo, mas sei que posso contar com eles.
Eram ao todo quinze pessoas e Zac começou a apresentar cada um deles. Eram eles: Caio, Sean, Jully, Anne, Kate, Catherine, Leona, Rick, Jack, Stuart, Sandy, Viola, Ethan, Drew e Estela.
Eles tinham um estilo jovem rebelde, alguns pareciam amigáveis, outros mal encarados, mas se Zac confiava neles, eu teria que arranjar coragem de confiar também.
— Olha, não precisa se preocupar, está bem? — Falou. — Nós vamos dar um jeito nisso, eles são os melhores que eu conheço.
— Os melhores ou os únicos? — Tive a audácia de perguntar.
Ele riu.
— Os melhores, eu te garanto. — Ficamos nos olhando por alguns segundos, até que alguém pigarreou.
— Então, pombinhos, eu não quero atrapalhar o mágico momento da troca de olhares mas temos assuntos importantes pra resolver aqui. — Era o Rick, o cara alto e bonitão que veio sozinho numa das motos. — Então, Zac, onde nós vamos ficar? Tipo dormir, comer... A gente não é de ferro, né?
— Ah, então. Eu estava pensando em vocês dormirem aqui mesmo, ao ar livre. O ar puro é muito melhor, não acha?
Alguns deles riram. Eu só não entendi porquê, acho que eu era a lerda dali.
— Haha. Engraçadão, você. Acho que a gente poderia dividir, alguns de nós ficariam na sua casa e os outros na casa da princesa aí. — Apontou para mim, enquanto os outros me olhavam.
— Ah... Não, não. Eu não posso deixar vocês lá, meu pai iria estranhar demais.
— É só dizer que somos seus amigos.
— Eu diria... Se tivesse amigos. Ele sabe que não tenho.
— Que vida triste, hein.
— Agora você pode ter. — A moça de pele negra, Jully, chegou perto de mim e colocou a mão no meu ombro. Sorri pra ela.
Okay, isso era estranho.
— A gente pode ficar num hotel. — O cara negro com dreads no cabelo falou.
