Capítulo 33

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A cada passo que meus pés davam no chão, era uma palpitada forte que meu coração também dava

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A cada passo que meus pés davam no chão, era uma palpitada forte que meu coração também dava.

Um passo... dois passos... três passos...
Tum... tum... tum...

Era como se eu estivesse levando meu próprio pescoço à guilhotina. Como uma ovelha ao matadouro.

A presença de Zac ao meu lado era a única coisa reconfortante. Eu sentia sua mão direita apertar a minha esquerda, numa tentativa de me tranquilizar.

Finalmente, paramos diante da grande porta de madeira nobre da casa de Kairos. Zac e eu respiramos fundo, antes de ele dar quatro batidas na porta. Pouco tempo depois, o que pareceram horas para mim, a porta se abre. Tyler nos dá uma longa observada de cima a baixo.

— O quê fazem aqui? — Perguntou com a voz fria e seca.

— Viemos falar com Kairos. — Zac respondeu firme.

Tyler gargalhou.

— É uma piada, né? — Porém nós não respondemos, apenas o encaramos, sérios. De certo modo, eu estava feliz por transmitir um ar de seriedade ao invés de medo. — Tá legal, entrem. — Ele nos deu espaço e então entramos.

Se fosse a primeira vez, eu diria que era uma bela casa, a arquitetura era ótima e Kairos tinha um ótimo gosto. Mas depois do que eu passei aqui, só consigo ver algo escuro e sombrio, o lugar perfeito para machucar pessoas.

Tyler nos levou até uma sala específica, sabe quando nos filmes os guardas levam os prisioneiros até o rei? Então, parecia exatamente isso, onde Kairos estava sentado numa cadeira central, enquanto os outros estavam posicionados ao seu redor.

Pude ver a moça ruiva e a morena de cabelos castanhos claros, uma de cada lado dele. As mesmas que me bateram. Ah, se eu pudesse fazer alguma coisa... A prata que Jully me deu estava muito bem colocada na minha roupa, de modo que eles não pudessem ver, mas ali e naquele momento, eu não podia fazer nada.

— Ora, ora, se não é o lobinho apaixonado e sua preciosa presa... — Kairos comentou, dando um sorriso de lado. — À quê devo a honra de recebê-los em minha casa?

— Viemos estabelecer um acordo, Kairos. — Zac respondeu, continuando com sua voz firme. De algum modo, ele queria impor respeito e mostrar que não estava com medo.

— Jura? Que tipo de acordo.

— Nós sabemos das regras entre lobisomens de que nenhum humano pode ficar sabendo da nossa existência.

— Continue.

— E eu apoio totalmente essa regra. Porém, as coisas não saíram como deveriam e é por isso que estamos aqui.

— Aonde você que chegar com isso, garoto?

Zac deu um suspiro.

— Eu quero pedir que você a perdoe, — apontou para mim — e a deixe viver.

Coração De GeloDove le storie prendono vita. Scoprilo ora