Jimin não sabia se tinha feito o correto. Não sabia se ter assumido a identidade do irmão gêmeo no dia de seu casamento era a decisão mais sensata...
Jihyo Havia desistido, e agora cabia a Jimin casar-se em nome do irmão para não botar tudo a perde...
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Jimin
"Hyu? Ah meu Deus, querido, você pode me ouvir?"
Uma luzinha fraca se tornava nítida a cada minuto mais forte. Meu corpo parecia pesar e... Porque demônios minha mãe estava me chamando de Hyu de novo?
"Hã, mãe eu tive um pesadelo terrível e..." assim que abri os olhos, me vi deitado, mas não em minha cama. Sobre mim havia um céu escuro, estrelado e brilhante. Cinco rostos aflitos, amedrontados! Um deles era de minha mãe, me olhando preocupada. Ao lado meu pai e um casal que eu não conhecia. E claro, oh Deus, não era um sonho! Ele! "O que houve?"
"Ai menino, graças a Deus!" quando dei um impulso pra frente procurando me sentar, ele me segurou a todo o momento, totalmente concentrado em mim.
Jihyu, não Jimin. Jihyu, não Jimin! E dane-se o que vai acontecer! Dane-se...
Foi fácil sorrir pra ele. Natural, pra falar a verdade. A primeira vez em que nos olhamos nos olhos. Ele sorria, e eu acompanhei. Quando me sentei direito, notei que estava no banco de trás de um carro conversível preto, e todo mundo amontoado no veículo pra me olhar. Apenas meu noivo estava dentro, ao meu lado, junto com minha mãe.
"Que susto, Jihyu! Você nunca desmaiou, e vai aprontar uma dessa no dia do casamento? Está parecendo o Jimin, que sempre que fica nervoso, desmaia!" pigarreei quando um nó se formou em minha garganta. Olhei em volta surpreso, e nesse momento, o olhar de minha mãe estava em meu rosto um tanto confuso.
Ah não, ah não!
Jihyu nunca havia desmaiado mesmo. Era só eu o tosco que sempre desmaiava em situações inusitadas... Já havia chegado até aqui. Já tinha casado, e não podia parar agora! Seria simplesmente ser idiota demais...
"Gente, isso foi horrível, credo. Pensei que fosse morrer argh, que nojo! Tirem-me daqui..." isso, essa era o Jihyu! Nada de frescura. Nada de Jimin. Tudo acabou, eu e ele mal havíamos nos falado direito quando minha mãe e Soyon, que eu agora sabia ser a mãe dele, me escoltaram para um lugar onde trocaram o meu terno por uma roupa mais leve. Mais aliviado pela camisa e bermuda cor de gelo, um tanto apertado nas pernas, desci para a festa e encontrei ninguém mais que ele me esperando na escada, sentado e meio desolado.
No topo da escada, eu podia vê-lo sentado lá embaixo nem um pouco animado, nem feliz, nem nada! Praguejei em silêncio, porque droga, ele não tinha culpa nenhuma do que estava havendo! O coitado só amava Jihyu, só queria casar com ele, só desejava um casamento perfeito, e até agora eu tinha ferrado com praticamente tudo! Não estava sendo perfeito, eu havia desmaiado, e mal tínhamos tocado uma palavra! Que tipo de noivo substituto eu era? Respirei fundo e segui descendo. E ele notou, pois me olhou em seguida, com um sorriso pequeno.
