De volta ao lar.

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Narrador observador

Sarah se sentou ao lado de Mary no fundo do ônibus, as costas encostadas na "parede" e uma das pernas pendendo para fora do veículo, de modo que ela estava de frente para a mulher loira.

Mary sorriu para ela e voltou a olhar para fora das portas abertas, atenta a qualquer sinal de ameaça.

Era até difícil acreditar que finalmente estavam indo para casa.

As outras pessoas no ônibus estavam conversando baixinho, aparentemente animadas por deixar o apocalipse. Porém, só aceitaram ir com a condição de que voltariam com reforços para acabar com Miguel.

Sarah arrumou a munição do lança granadas em suas mãos, tendo a certeza de que ele estaria pronto para ser usado em caso de emergência.

Ela apenas estava torcendo para essa emergência não ser Lúcifer.

  — O que tá' rolando entre o Dean e o Cass? — Mary perguntou, fazendo-a erguer a cabeça.

Ninguém havia contado nada a ela a pedido do próprio Dean. Ele ainda tinha medo de que a mãe pensasse da mesma forma que seu pai.

Claro que ele não usou a palavra "medo". Ele não precisou, entretanto.

  Mary sabia que estavam escondendo algo dela, e sabia que esse algo envolvia Dean e Castiel.

  — Como assim? — Sarah indagou, ajeitando a própria postura. — Eles são amigos? A mais de dez anos?

— Sarah, eu sei que você sabe de alguma coisa.

— Eu não sei de nada. Na verdade, nem sei se tem algo para eu saber. — respondeu, dando de ombros. — Sam e eu brincamos com eles, mas é só isso.

Mary não disse mais nada, apenas olhou para a garota a sua frente com uma expressão de "eu não acredito em você"

Incomodada com o olhar intenso que estava recebendo de sua avó, Sarah voltou a olhar para o caminho que deixavam para trás.

A Winchester mais nova foi a primeira a saltar do ônibus quando chegaram ao destino. Ela se colocou ao lado da fenda, tal como Dean, Sam, Gabriel, Castiel e, para seu desgosto, Lúcifer.

As pessoas foram passando pela fenda, uma por uma. Ketch fez uma referência exagerada antes de passar pelo portal, o que deixou Dean extremamente irritado por ele estar desperdiçando o pouco tempo que tinham.

Todos já tinham passado, incluindo Jack, por mais que ele tivesse reclamado sobre deixar Sarah lá.

  Só faltavam os que se colocaram ao lado da fenda para auxiliar os outros. Estavam se preparando para ir quando algo cortou os céus e abriu uma cratera ao se chocar com o chão.

  Todos ficaram nervosos ao ver de quem se tratava e armaram a posição de luta.

Miguel se aproximou a passos lentos, parando alguns poucos metros na frente deles.

  — Vão, eu cuido disso. — Gabriel falou, uma lâmina descendo pela manga de seu casaco.

— Não, Gabriel… — Sam tentou argumentar, mas foi interrompido.

— Eu passei tempo demais fugindo, chega de fug… — ele não terminou de falar, o som da explosão misturado aos gritos do Miguel o interrompeu.

Todos se viraram para Sarah com os olhos arregalados. A loira estava com o lança granadas soltando fumaça pelo cano e apontado para o local onde Miguel estava antes.

  Ninguém precisou de muito tempo para entender que havia sido ela a atirar a granada de óleo santo no arcanjo.

— Seboso! — foi tudo o que ela disse, antes de apontar para a fenda quase fechada com a cabeça. — Não temos o dia todo.

Infinity / SupernaturalWhere stories live. Discover now