Não tem nada de errado em ser você

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Dean

Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.

Castiel, que havia acabado de recuperar suas asas, foi até sua versão apocalíptica e curou o ferimento em seu pescoço, tocando sua testa e o fazendo desmaiar em seguida.

Sarah reclamou de dor e se sentou no chão, pressionando a perna machucada.

Com os olhos cheios de lágrimas, Kelly foi até ela e ambas começaram um assunto que eu não conseguia ouvir de onde estava.

Fui até a loira, me ajoelhando ao seu lado e avaliando o ferimento na parte de trás de sua coxa esquerda.

— A bala ainda tá' dentro. — comentei, vendo que não tinha um buraco na pele dela por onde a bala pudesse ter saído. — Cass, me dá uma ajudinha aqui? — pedi, ganhando a atenção do anjo.

Ele disse algo a Gabriel, que se colocou ao lado do Castiel apocalíptico e veio até onde estávamos, se ajoelhando ao meu lado.

— Ok, Sarah, isso vai doer um pouco. — ele advertiu, dobrando a manga direita do sobretudo e da camisa social que usava por baixo. — Pronta?

— Sim, pronta. — ela respondeu, ofegante. Não parecia estar realmente preparada. 

Usando seus poderes Cass enfiou a mão na perna da loira, que grunhiu de dor. Alguns segundos depois ele tirou a mão, com a bala entre o polegar e o indicador.

Ele deixou a bala ensaguentada no chão ao seu lado e tocou a coxa da garota, enfim curando o ferimento.

— Obrigada, Cass. — Sarah agradeceu, se levantando com a ajuda de Kelly.

O anjo levou a mão direita ao meu ombro, me puxando para perto de uma das paredes.

— Você está bem? — perguntou.

— Se eu estou bem? Honey, foi você quem foi feito de refém.

— Eu estou bem, melhor do que bem, aliás. Eu preciso saber como você está.

— Eu estou ótimo. Fisicamente falando.

— Tem certeza?

— Tenho. Levei um soco aqui e um chute ali, mas não é nada para se preocupar.

— Ótimo. — comentou, suspirando e balançando a cabeça positivamente. — Depois falamos sobre o "mentalmente". — terminou, olhando para algo além dos meus ombros e indo ajudar Gabriel e Baltazar a curar os outros feridos.

Olhei para trás, vendo que a atenção do meu pai estava toda focada em nós dois e agora estava focada em mim.

Ele estava nos olhando com o cenho franzido, mas sorriu quando viu que meus olhos estavam focados nele.

Sorri e de volta e fui ver se o Sammy estava bem.

Aí, minha nossa, eu tô' fodido demais…
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Descobri que havíamos perdido bastante gente por conta da invasão.

Muitos dos caçadores do mundo apocalíptico haviam morrido.

Não que eu não gostasse das pessoas que morreram, mas foi um alívio que ninguém muito próximo havia se machucado gravemente.

Eu sabia que Sarah iria me odiar pelo o que eu estava prestes a fazer, mas mesmo assim eu disquei aquele número de telefone.

— Alô, Garth?

— Oi, Dean. É o Garth. — levantei a mão que não estava ocupada com o telefone enquanto fazia uma expressão de "jura?". — Do que precisa?

Infinity / SupernaturalWhere stories live. Discover now