(extra)

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Oi, oi! aqui é uma cena extra da fic, na verdade tem algumas... mas vou postar essa no momento e depois outras..
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GILBERT

Estou cuidando de Delphine pra Bash e Mary, eles foram pro trabalho e me deixaram aqui cuidando de uma criança, não sei bem o que fazer mas estou tentando ao máximo. Coloquei ela em cima da mesa de madeira da cozinha e estou brincando com a mesma, ela tem uma florzinha nas mãos que não larga por nada, sorri e da curtas gargalhadas como se alguém estivesse fazendo graça pra ela. Não evito dar um sorrisinho, minha afilhada é a coisa mais fofa desse mundo! Abaixo a cabeça na mesa e fico a olhando, presumo que vai ser uma criança tão cheia de amor que nem sei.
Não entendo bem o que ela tenta falar, porque so sai "ba, ba" ou "bu, bu", mas Mary sempre advinha que ela quer água, ou quer comer.. dormir ou ate trocar a fralda. Fico impressionado com o super poder de mãe.

— Vou te contar uma coisa, del. - digo e passo a mão pelos seus curtos cachinhos - tinha uma bela moça, seus cabelos eram vermelhos, e seus olhos azuis.. - digo e delphine da risadas - um belo contraste, não?

dou um mínimo sorriso ao lembrar de Anne.
Ja faz um ano e dois meses.

— Ela era a moça mais linda que eu ja vira em toda minha vida, e claro, não passava na frente da beleza de minha mãe, mas era no mesmo nível. Sabe, del? ainda consigo ouvir o som daquela risada, era como uma musica pros meus ouvidos. Ela se tornou a minha luz, e logo depois se apagou. Ela era pra ser sua madrinha e me ajudar a cuidar de você, era pra estarmos te mimando, mas eu estou aqui sozinho, cuidando de você e te contando sobre a garota que eu mais amei e amo. Eu não tenho palavras pra explicar ela, delphine. Sinto falta todos os dias, como se faltasse algo aqui e em mim.

Termino de falar, e Del ainda sorri. Obvio, ela não entende bem o que eu quero falar pois é um bebe de apenas cinco meses. Quase seis.
E assim me vem na mente o sonho que tive com Anne, na verdade eu sonhei acordado.. uns meses atrás, eu tinha juntado dinheiro pra poder ir a Nova Iorque, obviamente com meus amigos. E foi divertido, mas eu fui por ela. Anne me pediu na carta, não poderia ignorar assim. E quando estava lá na Time Square, olhando cada mínimo detalhe da cidade que não dorme, pude ouvir a sua voz doce e calma. Como se ela estivesse ali.

— E aqui eu estou... - Uma voz doce que eu reconheceria ate mesmo depois de ficar cem anos sem escutar soou perto de mim, me virei pra trás e lá estava ela.

— Anne.. - Sussurrei baixinho, ela ouviu, se aproximou e me olhou nos olhos, não pode ser.. não é ela.

— Estou aqui com você, em Nova Iorque. - Ela continua a falar, e olha em volta.. maravilhada.- A vida é mais bonita, mais viva..

— Em Nova Iorque. - Completo, mas quando percebo estava imaginando tudo isso. Nada foi real. Mas era muito parecido com a realidade, achei que ela realmente estivesse aqui, comigo. Mas ela não está, e a única coisa que ouvi foi Diana me arrastar pra andar com o pessoal.

Foi uma coisa que imaginei, e me deixou mal. Será que ela esta bem? será que ficou feliz por eu ter ido à Nova Iorque por ela?
Não faço ideia disso, e me quebra não saber.

Volto minha atenção toda a Delphine, que no momento esta chorando e implorando pra se deitar, então a pego no meu colo e tento balança-la, mas não resolve de forma alguma.

— Se você apenas estivesse aqui, você era boa em acalmar. Acalmava tudo, eu, minha vida, as situações.. só queria que estivesse aqui. - Falo, como se por algum motivo aquela ruiva ainda estivesse comigo.

Como se eu ainda pudesse ouvir sua voz dizendo "eu estou aqui, Gil".

— Delphine, quando você for mais crescida prometo te mostrar tudo sobre quem era Anne, aliás ela seria uma ótima madrinha e não te deixaria sem trocar a fralda igual as vezes eu faço, mas sério baby, não é por mal, você sabe que te amo porém sou descuidado. - Digo olhando e sorrindo pra Del, ela é uma das coisas mais preciosas.

Anne iria ama-la tanto quanto eu amo, porque ela amava tudo. Mas perdeu amor quando deixou de se amar.

Ela me iluminou, e agora sua luz que está apagada, pra sempre. - as memórias póstumas de Anne Shirley.
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"Amo vocês Delphine, tenho certeza que sua madrinha te amaria o tanto quanto. Quando crescer te contarei quem ela era!"

 Quando crescer te contarei quem ela era!"

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