Perder você.

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Passei dias sem ver o James, sem ter notícias dele, Amélia e Emma já estavam muito preocupadas e eu mais ainda. Eu estava no meu quarto com meus amigos, estávamos sentados no chão fazendo um trabalho que tínhamos que entregar.

- Terra chamando Marianna. - Teddy brincou.

- Oi.

- Amiga, você não está bem, na verdade está assim desde que terminou com o James.

- Eu estou sim. Só estou com sono mesmo. - falei, coçando os olhos.

- E agora está querendo chorar.

- Teddy, para. - exclamei. - Eu já disse que estou bem.

- Pessoal, se acalma. O que houve? - Marjorie perguntou, ao sair do banheiro.

- A Marianna acha que me engana. Olhe bem para ela que você vai entender o que eu estou falando.

Marjorie ficou me encarando por alguns instantes, ela perceberia que eu não estava bem, então desisti de fingir.

- Vocês querem tanto saber, então tudo bem. Eu realmente não estou nem um pouco legal, porque eu amo ele, mas não aguentava mais todos dizendo que era "errado". - fiz aspas com os dedos ao falar. - Então por favor, deixem isso quieto, porque me machuca.

Parece que eles entenderam e preferiram trocar de assunto, pulamos para a vida amorosa do Teddy, ele queria esconder, no entanto sabíamos que estava acontecendo algo.

- Teddy, pode começar a falar, nós já sabemos. - disse.

- Eu não sei do que vocês duas estão falando.

- Agora vai se fazer de leso? Aqui não, princípe. - Marjorie disse.

Isso fez nós fez rir, mas ficamos sérias em seguida para que ele falasse logo e não tentasse nos enrolar.

- Tá. Digamos que eu esteja conversando com um carinha.

- Quem? - perguntei, curiosa.

- Sabe o que deu aquela festa?

- Como eu poderia esquecer.

Me lembrei do susto que tomei por achar que estava grávida, o James preocupado e os testes, foi uma loucura.

- Então, é ele.

- O Peter?? - Marjorie perguntou, surpresa.

- Eu sabia. - exclamei. - Apoio demais, amigo.

- Gente, calma.

- Não tem como ter calma aqui. - nós duas dissemos. - Casal novo na área?!

Passamos a tarde conversando sobre isso e sobre a vida da Marjorie, que conseguia ser pior que a minha às vezes, mas me ajudou a esquecer os outros problemas, a espairecer a cabeça e a me divertir um pouco.

Eu havia acabado de me despedir deles e estava voltando para o meu quarto quando vi a Emma parada na minha frente, ela estava chorando e isso me deixou muito preocupada, me fez pensar em mil e uma coisas.

- Emma, o que houve? - perguntei, abraçando ela.

Eu estava torcendo para o meu pior pensamento não ter se tornado realidade, então tentei acalmá-la para ela conseguir falar.

- Agora, me fala o que aconteceu, sis.

- O James...

Quando eu ouvi o nome dele, não me restavam dúvidas do que havia acontecido para ela está desse jeito, então preferi não fazer outras perguntas.

- Onde ele está? - perguntei com a voz trêmula.

- No hospital.

- Emma, vai pegar o seu casaco para nós irmos para lá.

Assim que ela saiu de perto, meu olhos começaram a se encher de água e uma dor insuportável tomou conta de mim, eu não queria deixar a Emma pior do que já estava, então teria que me controlar o máximo possível.

                         ♡♡♡

Quando chegamos no hospital, fomos na recepção em busca de alguma informação, demos o nome do James e a mulher fez algumas ligações.

- O sobrenome do paciente é Evans?

- Sim. - respondi, com a voz trêmula.

Um homem nos levou até onde a Amélia estava, assim que ela nos viu se levantou para nos abraçar.

- Ainda bem que você trouxe ela, Mari.

- O que houve??

- Ele sofreu um acidente de carro. Os médicos ainda não falaram nada e isso está acabando comigo.

Eu me apoiei na parede para não cair no chão, mas foi inútil. Coloquei minha cabeça entre meus braços que estavam sobre meus joelhos e comecei a chorar, a dor que estava sentido era horrível, como se estivessem me dando facadas.

- Mari, se acalma. - Amélia pediu, se abaixando para me abraçar. - Ele vai ficar bem.

- E..eu terminei com ele há alguns dias e agora eu estou muito arrependida do que fiz, porque agora não sei o que vai acontecer. - falei, enquanto soluçava. - Eu o amo, Amélia.

- Eu sei, eu sei.

Uma enfermeira ficou tão preocupada comigo que me levou para tomar um remédio, mais especificamente um calmante, para me ajudar a ficar calma.

Ficamos uma hora ou duas esperando notícias, até que o médico veio falar conosco.

Meu último ano(Concluída)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora