As pessoas as vezes exageram

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- E tem como?

- Claro. - exclamou. - Se importe comigo e com a sua formatura que está chegando.

- É verdade. Eu tinha esquecido completamente graças a tudo que aconteceu.

- Sou eu que vou levar você ao baile, não é?

- Seria interessante, já que você é o meu namorado. - respondi, com uma certa implicância.

Ele apenas riu de mim.

- Mas para se formar, seria bom se parasse de faltar, não acha?!

- Eu sei, mas eu vou recuperar o que perdi, Babe.

Vi que ele estava bem e depois que a Amélia chegou, resolvi ir para casa e fazer um trabalho para o dia seguinte.

- Amélia, eu queria falar com você. - falei antes de sair do quarto.

Ela apenas me acompanhou e quando estávamos no corredor perguntei sobre o pai do James.

- Ele esteve aqui? - perguntou, desacreditada.

- Você não sabia??

- Não. E não sei como ele conseguiu entrar também. Provavelmente tem alguns contatos aqui.

- O pai deles é médico?

Isso explicava algumas coisas.

Ela me confirmou e depois pareceu frustrada com o que falei sobre o ex marido, já que tudo o que queria era mantê-lo longe dos filhos.

- Como ele agiu com você?

- Da pior maneira possível, sendo que nem me conhece. - respondi. - Como se eu fosse alguma ameaça.

- Ele sempre foi assim, mas essa história vou deixar para o James contar. - disse, me abraçando e logo em seguida entrando novamente no quarto.

Que história era essa? Pelo visto não havia como ser algo bom, já que se tratava daquele homem.

Fui para casa fazer um trabalho de geografia e acabei pegando no sono. Acordei com uma mensagem da Marjorie falando que a ex do James estava na escola me procurando hoje.

O que essa garota quer comigo??

Bom, já que ela estava me procurando, era provável que fosse novamente lá.

                          ♡♡♡

Acordei no dia seguinte um pouco atrasada, não sei como cheguei a tempo na escola.

Entrei o mais rápido possível na sala e me sentei ao lado do Teddy e na minha frente estava a Marjorie.

- O que houve com você, garota? Parece que viu um fantasma. - ela disse.

- É que eu esbarrei em um cara enquanto estava vindo para a sala e ele me deixou um pouco sem graça.

Sim, eu estava tão apressada que acidentalmente esbarrei em um cara que era extremamente bonito e estiloso.

- Por acaso foi no novato? - minha amiga perguntou.

- Novato? - Teddy e eu perguntamos surpresos, ao mesmo tempo.

Ela explicou que parecia que o garoto novo também era brasileiro e que estava na nossa turma de matemática.

- Você não descobriu o número da identidade do cara também não? Seria importante agora. - brinquei, fazendo o Teddy rir.

Marjorie apenas revirou os olhos e voltou a prestar atenção na aula.

A campa havia tocado e em menos de minutos nosso professor de matemática, Juan, entrou na sala.

Eu me levantei para jogar uma folha de caderno amassada no lixo quando a porta se abriu e bateu em mim.

Minha sorte chega a me impressionar às vezes.

- Aí, caramba! - exclamei, em português mesmo.

- Desculpa!

- Está tudo bem. - falei, com a mão sobre meu braço que estava doendo e respirando fundo.

- Prazer, Thomas.

- Prazer, Marianna. Você costuma fazer isso antes de conhecer as pessoas?

- Isso o que?

- Bater nelas com a porta.

- Convenhamos que você que estava no caminho...nas duas vezes.

Apenas bufei e fui me sentar.

- Olha quem já fez amizade com o novato. - Marjorie exclamou, com uma voz engraçada.

- Amizade não, né?!

- Ai, ninguém merece essa aula. - Teddy resmungou, se jogando sobre a mesa.

- Nem me fale. - disse, observando o novato se sentando próximo a mim.

- Então, isso é aula de...? - ele perguntou.

- Matemática. - respondi, sem tirar os olhos do quadro.

Ele parecia ser um cara legal, diferente dos outros com quem eu estudava, mas acho que falei isso cedo demais.

- Minha matéria preferida. - disse, abrindo o livro.

- O que?? Como assim você gosta disso?

Ele apenas riu.

- Eu faço parte daquele 1% da população que adora isso.

- Você e o meu namorado, então. - falei, me virando para ele.

- Você namora?

- Sim. - respondi. - Ele está na faculdade.

- Nossa. - exclamou. - O que ele faz??

- Medicina.

Naquele momento eu estava sentindo um certo orgulho do meu namorado, porque querendo ou não era uma área bem complicada a que ele fazia.

Não se esqueçam de votar, amores. Obrigada por ter lido.

Meu último ano(Concluída)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora