Pesadelo em forma de jantar

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- Precisamos conversar.

- Pode falar, Marizinha.

- Por que drogou o James?

Ela parecia ter ficado surpresa com o fato de eu saber isso.

- Não sei do que está falando, eu nunca faria mal a ele.

- Karen, ele sabe. - exclamei. - Para com esse teatrinho idiota, de estragar a própria vida com isso.

- Eu amava ele, Marianna....e você tirou ele de mim.

- Eu não vou deixar você machucar ele de novo, não mesmo.

- Que fofo. Diga a ele que eu mandei parabéns pelo aniversário. - disse antes de se retirar.
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Passei o resto da tarde na escola, organizando algumas coisas para o baile com os meus amigos e recebendo algumas provas do semestre passado, no entanto não tirava da cabeça o fato do James não ter me contado que seu aniversário estava perto.

Era quase sete horas quando cheguei em casa, não havia ninguém, apenas a lâmpada do corredor de cima estava ligada. Amélia provavelmente estava no escritório e Emma devia estar na casa de alguma amiga.

Ao abrir a porta do meu quarto vi o James deitado na minha cama, abraçado com um travesseiro, ele estava usando apenas uma calça de moletom.

Me apoiei contra a parede e fiquei observando e sorrindo por conta do jeito que ele estava. Fechei a porta do quarto e fui em direção a cadeira da escrivaninha para deixar a minha bolsa.

Estava conectando meu celular ao carregador quando ele acordou.

- Oi. - falei com a voz leve. - O que está fazendo aqui? Pensei que tinha prova hoje.

- E tive, mas foi de manhã. Vem aqui.

Ele provavelmente queria ficar abraçado comigo no lugar do travesseiro.

Assim que deitei do seu lado, ele percebeu que tinha algo de errado comigo.

- O que houve? Você parece estressada.

- Problemas na escola - menti. - Mas já resolvi.

Ele começou a me beijar e a passar uma de suas mãos por meu corpo, minha pele reagiu ao toque imediatamente.

- Eu sei o que pode ajudar nesse estresse. - disse entre os beijos.

- Eu estou muito vestida.

- Não tem problema, resolvo isso bem rápido. - riu.

Fiquei de joelhos na cama para tirar o moletom e a blusa e depois a calça jeans.

James estava deitado sobre mim quando ouvimos alguém subindo as escadas.

- Merda, a porta não está trancada. - avisei.

Levantei e corri para o banheiro com meu pijama, assim que vesti o mais rápido possível, voltei para o quarto. Meu namorado estava sentado com um travesseiro sobre as pernas enquanto falava com a irmã.

- O que houve? - perguntei da maneira mais natural possível.

- Vamos sair para jantar e comemorar o aniversário do James, então se arrumem.

Assim que ela saiu eu suspirei, não sabia o que faria se ela tivesse entrado quarto alguns segundos antes. Fui em direção ao meu guarda- roupas e fiquei decidindo o que usaria.

- Seria bem interessante se você usasse um vestido. - sussurrou no meu ouvido.

Me virei e coloquei minhas mãos em volta da sua cintura.

- Por que não me disse que era o seu aniversário?

- Eu até que ia falar, mas começamos algo que parecia mais interessante. - brincou.

Ele percebeu que eu não desistiria, queria uma explicação.

- O problema se resume ao meu pai, você preenche as lacunas.

- Sinto muito.

Deu de ombros.

- Mas para o seu azar, eu amo aniversários, então vá se arrumar, quero você impecável.

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Emma tinha ido na frente com a Amélia e James e eu iriamos no carro dele.

Eu estava esperando na cozinha quando ele apareceu, e ele tinha realmente levado a sério a parte do "impecável".

- Linda como sempre, não é? - disse, me dando um beijo.

- Sim, mas você....nossa!

Ele estava com uma blusa social azul escuro e uma calça preta.

- Levei a sério o que falou. - riu. - Ainda bem que pensou no que falei.

Eu estava usando um vestido vermelho um pouco colado e um belo par de saltos preto.

- Vamos? - perguntei.

Eu fiquei quieta boa parte do caminho, conseguia interagir com ele, mas sempre lembrava do que a Karen havia causado, tudo por ele.

Assim que estacionamos, eu estava prestes a abrir a porta do carro quando ele me parou.

- O que houve? Você está quieta demais, isso não é um bom sinal.

- Não é nada. - dei um sorriso fraco, mas convincente. - Acredite.

Ele pareceu desconfiando, mas mesmo assim aceitou o que falei.

Quando entramos no restaurante, Amália e Emma estavam sentadas em uma mesa nos esperando com mais duas pessoas, a Karen e o pai do James.

- Eu não acredito. - James murmurou enquanto apertava a minha mão.

Mantenha a calma, Marianna.

Não esqueçam de votar. Até o próximo capítulo♡.

Meu último ano(Concluída)Where stories live. Discover now