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                           Hinata

Dez minutos mais tarde, depois de pagarmos para entrar, estacionamos no centro de visitantes do Red Rock Canyon. Naruto abriu o porta-malas do carro e pegou uma mochila, que eu nem vi ele pegando antes de sair do hotel.

-- Espero que aí dentro não haja cordas e uma pá. - comentei, olhando desconfiada para mochila.

Ele riu.
-- Não, flor. Só algumas garrafas d'água.

-- Ufa... -- disse brincando.

Naruto me deu a não é começamos a caminhar na direção do começo de uma das trilhas. O cenário era montanhoso, as cores pareciam explodir ao meu redor conforme o dia ficava cada vez mais claro.
As formações rochosas a distância eram de um vermelho ferruginoso, os cactos de um verde vivo, a nas margens da trilha haviam flores do deserto de todas as cores. O sol laranja-avermelhado cintilava de longe como uma luz de fundo para a beleza que nos cercava.

[...]

Caminhamos em silêncio por algum tempo. Eu estava totalmente desperta agora, observando a vista incrível da bunda musculosa do Naruto em um short cáqui, subindo a trilha na minha frente. Era tão deslumbrante quanto as belezas naturais ao meu redor.
Pouco tempo depois começamos a conversar. Contei a ele sobre as minhas irmãs, Hanabi e Sakura, as duas mais novas do que eu. Conversamos sobre meu pai, que ainda trabalhava como policial, mas planejava se aposentar dali a uns dois anos. Falei sobre como foi crescer no Meio-Oeste, na mesma cidade durante toda a minha vida, e também sobre o que senti ao sair de lá pela primeira vez aos 18 anos.
Contei a Naruto sobre o Gaara, que estudava comigo na Georgetown comigo. E o tinha apresentado a Ino em um evento de direito para o qual eu a havia arrastado.

Naruto falou sobre como foi crescer em Los Angeles, permanecendo na mesma cidade, mas sempre se mudando. Ele me contou sobre Sasuke, o melhor amigo com quem dividia apartamento, que era um grande parceiro de snowboard. Sasuke estava no último semestre do curso de computação de uma escola técnica. Naruto contou que o amigo era tão genial com computadores que poderia dar aulas na escola em vez de frequentá-las, mas que precisava do diploma para conseguir um emprego com remuneração decente.

Conversamos sobre tudo e sobre nada, falando das nossas vidas um para o outro. Havia alguma coisa enquanto caminhávamos, olhando para a frente, seguindo a trilha, e não um para o outro, que me deu a sensação de que poderíamos dizer qualquer coisa. Os limites que costumam existir quando encaramos outra pessoa desapareceram e parecia mais fácil nos abrirmos. Para mim, era como se fosse o nosso lugar particular, fora do mundo... ali só havia Naruto e eu, nossas histórias, tudo o que o que gostávamos e o que sentíamos.

Fiquei chocada em como o tempo passava rápido conforme caminhávamos e conversávamos
Chequei o celular no bolso do meu  moletom, que estava amarrado na minha cintura, e vi que já eram sete e meia. Fizemos uma pausa, Naruto pegou duas garrafas da mochila e me deu uma. Ele também pegou duas barrinhas de cereal e me ofereceu uma.

-- Onde conseguiu isso? - perguntei.

-- Na máquina do hotel, quando acordei hoje de manhã. Estou sempre preparado, flor.

-- Sorte a minha - comentei, olhando para ele. - Por que mesmo você me chama de flor? - insisti pela enésima vez.

-- Talvez porque sua pele é sedosa como uma pétala de flor...
Ele correu os dedos pelo meu braço, fazendo cócegas de leve. Eu  ri e  balancei a cabeça.

Comemos, bebemos  e voltamos à trilha. Paramos de novo uma hora depois e, após mais um gole de água, Naruto se recostou em uma pedra, me puxou contra ele e beijou meu pescoço.

Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora