Alistamento (16)

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  Hinata

Estava de volta ao meu apartamento às sete e meia da manhã do dia seguinte, exausta de todas as formas possíveis. Conseguiria mudar o voo e peguei um de madrugada. Tentei dormir no avião, mas minha mente não permitiu, estava agitada demais para me dar um descanso.
Revivi cada minuto daquele fim de semana com Naruto, tentando descobrir o exato momento em que entreguei a ele um pedação do meu coração. Tinha sido na primeira noite, quando saímos para comer cachorro-quente? Depois do primeiro sexo maravilhoso? Rindo na piscina? Quando ele me disse que tinha ficado com ciúmes de Toneri, revelando que também sentia algo por mim? Ou antes disso? Talvez no elevador, quando ele começou a cantar para acalmar meu ataque de pânico. Ou quando descobri por que ele assumia aquela fachada enganosa? Era possível se sentir conectada assim tão rápido a uma pessoa? Eu fiquei com vontade de gritar! Fique quieto cérebro! Por que eu me importava com tantas perguntas?

-- Ei, impostora! - falou Ino da cozinha.

Deixei mala e a bolsa na sala e entrei pra falar com ela.
-- Oi, Ino - falei com uma voz que até eu percebi que soava morta.

Ino estava sentada à pequena mesa da cozinha, usando uma calça de moletom e uma camisa de manga comprida, os cabelos loiro-platinados presos de qualquer jeito para o alto, com uma xícara de café, alguns papéis e uma caneta  à sua frente.

Ao me ver, ela arregalou os olhos e sua expressão passou a demonstra preocupação

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Ao me ver, ela arregalou os olhos e sua expressão passou a demonstra preocupação.
-- O que ele fez com você? - sussurrou.
Então se levantou e foi até mim.

Balancei a cabeça enquanto meu rosto se contorcia e minhas emoções transbordavam diante do conforto que os braços da minha amiga transmitiam.

-- Ele não fez nada comigo, Ino. Fui eu mesma que fiz. Eu....
Engasguei e comecei a chorar.

Ino me puxou para si e ficou me abraçando e acariciando as minhas costas por vários minutos enquanto eu tentava me recompor. Quando minhas lágrimas enfim cessaram, ela me afastou e olhou para o meu rosto, a expressão era séria.

-- Não posso acreditar que fez isso com a gente, Hina.

Não consegui evitar uma risada.
-- Com a gente? Como você acha que eu fiz alguma coisa com a gente?

Ela prendeu uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
-- Querida, porque eu amo você e, por isso, vamos ter que lidar juntas com as consequências desse fim de semana. Estou ocupada. E ainda me coçando. Mal tenho tempo para isso.

Ino ergueu uma sobrancelha, os lábios se curvando de leve. Ela estava tentando me fazer sorrir. E funcionou. Eu a amava.

-- Agora sente-se. Vou servir uma xícara de café e você vai me contar todos os detalhes. Só tenho aula às onze.

Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora