Só você (26)

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Naruto On.

Eu estava sozinho no cômodo pequeno. Andei até o canto e coloquei de pé o copinho de papel. Ele caíra no meu último arremesso. Voltei para a cadeira, me sentei e mirei de novo.

--- Ele lança! Ele marca! - falei baixinho, enquanto a minha moeda caía dentro do copinho.

Peguei a moeda de novo e a arremessei mais algumas vezes, acertando casa lançamento com facilidade. Estava entediado. Levantei e fiquei olhando para a porta fechada por alguns segundos. Por fim, fui até lá e girei a maçaneta.
Era comum que alguém ficasse ali comigo, mas nesse dia não tinha ninguém. Não havia ninguém "sobrando" pra tomar conta de mim. Revirei os olhos. Eu não era um bebê. Tinha oito anos. Era o homem da casa.

Eu sabia o que a minha mãe e isso me deixava enjoado. Meu estômago se revirava pelo fato de ela estar embaixo das cobertas com um homem, nua, enquanto eles gravavam um filme. Minha mãe dizia que era atriz, mas eu já ouvi outras pessoas sussurrando às minhas costas, chamando ela de puta. Eu sabia o que era uma puta, claro. Sabia que significava que a minha mãe fazia sexo com as pessoas por dinheiro. E sabia que era verdade. Toda vez que eu pedia que parasse de trabalhar com Isso, ela gritava comigo e me perguntava de que outra forma eu imaginava que conseguiria comer.
Ela achava que isso significava que ela teria que parar de tomar comprimidos e de dormir a maior parte do dia.

Dobrei um corredor e ouvi uma música vindo da sala de estar. Também ouvi grunhidos e outros ruídos estranhos. Eu sabia que era barulho de sexo e que eu deveria voltar para o cômodo onde haviam me mandado ficar. Mas, por algum motivo, minhas pernas continuaram me conduzindo para frente.
Enfiei a cabeça por uma fresta e arregalei os olhos. Tive qie tapas a boca com a mão para não gritar. Minha mãe estava no meuo da cama e haviam três homens ao redor dela, e minha mãe tinha um pênis de outro homem na boca. O terceiro, à direita, mexia no próprio pênis e o vi grunhir enquanto um jato de xixi branco caía por cima do cabelo e do rosto da minha mãe.

Tive vontade de correr até ela e afastar os três homens. Queria chutar a cara deles e pisar neles. Uma enorme vontade de proteger a minha mãe me dominou e eu deixei escapar um som abafado, enquanto lágrimas rolavam pelo meu rosto.

Corri até ela e, de repente, mamãe estava deitada na cama e eu me encontrava em cima dela, dizendo, ainda com a voz abafada:

-- Mamãe! Mamãe!

Ela estava machucada, quase morta, sangue escorrendo de todos os orifícios. Ela olhou para mim por entre as pálpebras ressecadas, inchadas, e.... sorriu. O sorriso mais doce que eu já vira. O sorriso fez com que seu rosto se transformasse, as feições ficaram mais jovens e belas.

-- Ara - sussurrei.

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Sentei na cama de repente, respirando rápido. Meu celular estava tocando.

-- Alô? - atendi, a voz rouca até para os meus próprios ouvidos.

Era o Lee.

-- Oi Naruto. A fiança do Kiba foi estabelecida: 2 milhões.

Fechei os olhos por um instante.

-- Temos como pagar?

-- Nós? Não. O Trilogy? Sim. Estou a caminho do banco agora. Só queria te avisar.

Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora