Apenas um jantar? (24)

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Naruto On.

Fechei a porta do carro para Hinata e dei a volta na camlinhonete para me acomodar. Meu sangue fervia com a proximidade dela e, por mais que eu quisesse aproveitar o jantar com ela, estava tenso com o fato de que havia coisas entre nós outra vez, coisas que tornariam muito difícil que o nosso relacionamento deslachasse. Que merda eu estava fazendo? Já foi difícil o bastante me recuperar do que sentia por ela na primeira vez. E agora estava me dispondo a me colocar numa situação ainda pior? Meu Deus. Eu era meio masoquista no que se referia a essa garota. Na primeira vez, eu não tinha ideia de como ela acabaria me afetando. Agora eu sabia, então talvez as coisas não terminassem bem, mas, mesmo assim, eu estava pronto para outra. Isso se tornou óbvio quando Hinata abriu a porta, o rosto muito vermelho e o cabelo solto - ainda mais longo do que quando eu a conheci. Todo o meu corpo ansiou por rasgar as roupas dela e possuí-la ali mesmo, contra a parede. Precisava me controlar. Ela estava noiva. Merda. E, de qualquer forma, eu não estava disponível para um relacionamento, por vários motivos. Então por que eu tinha uma vaga ideia de que, no fim das contas, acabaria agindo como um idiota e deixaria de lado todos esses motivos? Eu não podia confiar em mim mesmo no que se referia a Hinata Hyuuga. Ela era como um ímã, me atraindo em sua direção. E eu era incapaz de resistir a essa atração.

Olhei para Hinata e ela parecia insegura. Mordia o lábio e estava esperando que eu ligasse a caminhonete. Eu a estava deixando nervosa. Também não gostei disso. Eu me forcei a relaxar.
Não era como se ela fosse qualquer uma. Ela era Hinata. Eu quase sentia que, em parte, ela esteve comigo o tempo todo. Tanto no meu coração quanto na minha vida. Era um pensamento, mas também uma sensação e, de repente, tê-la comigo era quase uma necessidade - como se eu ficasse mais forte com Hinata. Mais forte para enfrentar a situação com Kiba, mais forte para tudo. Essa sensação se espalhava pelo meu corpo, me enchendo de um senso de propósito e, ao mesmo tempo, me apavorando. Havia muitas coisas no nosso caminho, assim como da última vez. Mas, de repente, enquanto olhava para Hinata, todas as minhas dúvidas de apenas minutos atrás foram esquecidas. Parecia vital que eu ao menos tentasse descobrir aonde as coisas nos levariam dessa vez. Eu não conseguia explicar o que sentia, não fazia muito sentido. Mas, agora, a sensação era tão forte que eu apenas a aceitei.

-- Sabe de uma coisa? - perguntei a ela.

Hinata virou os olhos para me encarar sob a luz fraca do carro.

-- O quê? - perguntou ela de volta inclinando a cabeça.

-- Moro a cerca de cinco minutos de você, nesse mesmo bairro.

Quando eu entrei na caminhonete, ainda em casa, e coloquei o endereço dela no GPS, quase deu uma gargalhada. Ela não anotou o bairro, por isso não percebi, até aquele momento, que Hinata também morava em Konoha, um bairro de Las Vegas. Achei engraçado. Pelo que parecia, a atração que ela exercia sobre mim me aproximava fisicamente. Era isso ou o destino estava me sacaneando.

-- É mesmo? - questionou Ela, com um sorriso. Então franziu o cenho. Fiquei me perguntando o que ela estaria pensando, mas não falei nada.

Olhei para frente com um sorriso e liguei a caminhonete. Meu corpo relaxou.
Segui em direção a Strip, e ambos permanecemos em silêncio pelos primeiros cinco minutos.

-- Essa situação é muito esquisita, não é? - perguntou Hinata, por fim.

Dei uma risadinha.
-- Qual situação?

-- Nós dois, nos esbarrando daquele jeito depois de todo esse tempo. É... quase... inacreditável.

Assenti. Mas logo pensei melhor.
-- Sim e não.

Meu Doce Veneno-NaruHina (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora