Blind Love (yoonmin hybrid)

Blind Love

POV YOONGI

Cheguei a ficar perdido nos meus sentimentos; não tinha ideia que o meu corpo desejava tanto o de Jimin, e que eu estava tão disposto a vê-lo, apesar que eu não precisava dos meus olhos para fazer o que eu queria fazer.

Subimos para o meu quarto depois de desligar a TV, nossas respirações ainda estavam descompassadas quando entramos no cômodo e ele me guiou até minha cama.

— Vou acender os abajures.

Concordei baixinho, sentindo agora o estômago abrigar uma festa de borboletas ao imaginar que poderia vê-lo. Senti mais um peso na cama e as mãos de Jimin sobre meu rosto; virei-o e deixei um beijo na palma da direita do híbrido, incentivando-o. Senti minhas bandagens serem retiradas calmamente, e eu ainda mantive os olhos fechados quando ela caiu.

— Consegue ouvir meu coração? — perguntei sem abrir os olhos, me torturando naquela expectativa.

— Consigo, consegue ouvir o meu?

— Ainda não.

Abri os olhos lentamente, me focando naquele ser que estava turvo em minha frente. Pisquei várias vezes, a luz azulada do quarto era clara o suficiente para que eu o visse sem machucar meus olhos; e ali estava ele. O rosto gentil como eu tinha certeza que era, os cabelos caindo pela testa, naquele tom de algodão-doce rosa, as orelhas camufladas neles, um pouquinho abaixadas indicando sua apreensão. Seus olhos castanhos me olhavam com o mesmo sentimento, o nariz perfeito, a boca cheinha que eu gostava de morder, — e agora entendia, seu formato era perfeito para isso — o queixo num leve "v", a pele um pouquinho bronzeada, os brincos negros nas orelhas, as clavículas que apareciam pela gola da camiseta que tinha botões, e era clara, contrastando com a calça escura que deixava suas coxas evidentes. Cada detalhe dele era tão precioso que eu perdi a noção do tempo ao admirá-lo.

— Diz algo. — ele pediu, então notei que estava apenas olhando para ele, com os lábios entreabertos, babando.

— Tenho que parar de babar, né?

Ele riu e concordou, seu sorriso era lindo e as bochechas fechavam os olhos do rapaz quando ele o fazia. Como podia ser tão gracioso daquela forma? Ele se movimentou, enrolando novamente a cauda em meu braço, sem força dessa vez e eu a segurei com delicadeza, notando seu tom exato com o dos cabelos e das orelhas.

— Por que enrola ela em mim? — perguntei curioso.

— Porque eu prendo você a mim quando eu faço isso. — ele respondeu de forma tímida enquanto eu voltava a olhar seu rosto.

— Você... me deixou sem palavras. A sua beleza me deixou sem palavras.

— Aish, eu não sou bonito, Yoon!

— Tem razão. Lindo, perfeito, acho que encaixa melhor. Seu sorriso... é o mais lindo que eu já vi na vida.

— Você está me deixando sem graça, Yoongi!

E ele ficava fofo sem graça daquela forma. Levantei minha mão direita em direção ao seu rosto e a cauda se desenrolou lentamente do meu braço; eu toquei o rosto que tinha a textura macia que eu já conhecia e ele fechou os olhos com o carinho, o que me fez imaginar que todas as vezes que eu o tinha tocado, ele teria reações parecidas. Desci a mão para a nuca dele e fiz um carinho ali, aproximando meu corpo sem pressa, até que selei nossos lábios novamente. Não parecia que ele sairia correndo dessa vez, mas Jimin era uma caixinha de surpresas.

A primeira veio quando senti o seu corpo se inclinar para o meu, aprofundando o beijo e me fazendo deitar na cama; segurei sua cintura e o puxei comigo, minhas mãos entraram pela camiseta dele e a pele quente me fez sentir um arrepio bom. Desci as mãos para as coxas do rapaz e ele apoiou os joelhos de cada lado da minha cintura, ele mesmo separou o beijo quando nos faltou ar e desceu os lábios pela linha do maxilar.