Fim do Tratamento

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POV JIMIN

Se eu fosse um balão e a felicidade fosse ar, eu teria explodido.

Acordei com calor, mas por sorte eu não me movi muito; Yoongi me abraçava pela cintura e eu descansava a cabeça em seu peito, ouvindo o coração bater lentamente e a respiração leve de quem dorme um sono profundo. Ao me lembrar da noite anterior, meu coração deu um salto, e ao notar que estávamos bus e abraçados, eu me acalmei. Não foi um sonho, não foi complicado, errado ou incerto. Foi perfeito.

E como se não fosse perfeito o suficiente, ainda teve aquele pequeno segredo: ele estava apaixonado. Céus, apaixonado por mim! Como eu era, mesmo depois de ter me visto, mesmo depois de me conhecer sem ter me visto, mesmo depois de saber quem eu sou. Mais do que feliz, eu podia pular nas paredes agora e dançar qualquer coisa que eu nem soubesse o ritmo.

Me levantei devagarinho para não acordar o rapaz, mas ele parecia ter o sono bem pesado, e fui para o banheiro, depois vesti alguma roupa e desci para preparar nosso café da manhã; coloquei meu pequeno cacto para tomar sol na janela da cozinha e preparei panquecas com geleia e mel, fiz suco de laranja e quando estava cortando as frutas da salada, sinto o cheiro de Yoongi, mas era impossível que aquele louco tivesse chegado até ali sem ajuda, certo? Senti os braços dele me abraçarem a cintura e alguns beijos no meu pescoço, me fazendo arrepiar.

— Posso saber como é que o senhor chegou aqui, senhor Min? — perguntei ao me virar e encontrei o rapaz com os olhos fechados e a bandagem jogada no pescoço. Ele usava um short, apenas, e estava frio para ele usar apenas isso.

— Eu juro que eu vim com os olhos fechadinhos. Maior parte do tempo.

— Faltam só dois dias, não estrague meu trabalho, Yoon. — eu disse ao puxar a bandagem delicadamente e colocar sobre seus olhos.

— Não vou estragar... eu só precisava ter certeza que você não tinha fugido de mim.

— Depois de uma noite perfeita você ainda acha que eu vou fugir? — perguntei baixinho, dando o nó atrás da cabeça dele.

— É bom saber que foi perfeito pra você também. — ele me abraçou pela cintura e me puxou para si, encostando a cabeça em meu ombro, e por um reflexo, eu deitei a minha no seu.

Ficamos ali alguns segundos apenas abraçados, sentindo o calor e a respiração um do outro.

— Sabe há quanto tempo eu não abraço alguém? — ele perguntou.

— Não...

— Seis anos. A última pessoa que me abraçou foi minha mãe, quando eu me mudei pra cá.

Eu o abracei um pouquinho mais forte e circundei sua cintura com a minha cauda.

— Agora você tem o meu abraço, sempre que quiser.

— Me sinto preso a você. — ele disse eu fiz menção de me soltar, mas ele me segurou no lugar. — E eu nunca estive tão feliz de estar preso a alguém.

Agora eu não soltaria o rapaz nunca mais.

— Está frio, porque não colocou uma camiseta?

— Não estou com frio, não se preocupe.

— Eu me preocupo. — disse por fim. — Vem, vamos comer, e eu vou buscar algo pra você se agasalhar.

Ele concordou com um aceno de cabeça e eu o coloquei sentado sobre o banquinho com o café da manhã em sua frente, corri até o quarto do rapaz e peguei um suéter grande, voltei para ele e coloquei a peça de roupa no rapaz. Agora ele ficaria quentinho.

Blind Love (yoonmin hybrid)Onde histórias criam vida. Descubra agora