Momentos - Cap 13

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Rin Nohara

Ao chegarmos no quarto, eu sentei na cama e me preparei mentalmente para falar com o Obito.

─ O que a gente ta fazendo aqui? - Ele corou

─ Aqui é mais silêncioso e eu tenho uma grande novidade pra te contar. - Falei

─ Pode falar. - Ele sentou do meu lado

─ Eu vou fazer uma viagem com a Tsunade-sensei, vai ser um treinamento intensivo, vai durar uns três ou quatro anos. - Falei

─ Tanto tempo assim?

─ Vai ser necessário.

─ A vila não é a mesma sem você. - Ele levantou - E você é uma Jinchuriki, pode correr perigo e...

─ Eu vou ficar bem. - Dei risada e levantei indo abraçar ele que retribuiu o abraço - Eu prometo que vou voltar pra você. - Falei meio baixo

─ O que? - Ele se afastou um pouco - Pra mim?

─ É que... Eu quis dizer que... É.... - Fiquei sem saber o que dizer e acabei corando

─ Eu sei que você não disse de propósito, tudo bem. - Ele riu

Olhar dele estava brilhante mas ao mesmo tempo triste.

─ Não, eu disse por que eu quis. - Falei - Eu vou voltar pra você, Obito.

─ Você ta brincando? - Ele perguntou e eu neguei com a cabeça - Eu tava esperando você falar alguma coisa assim desde o dia em que eu te conheci, mas agora você vai embora.

─ Nós ainda temos tempo, eu posso pedir para ficar por pelo menos um mês aqui, a gente pode recuperar o tempo perdido.

─ Eu ainda não acredito que tô ouvindo essas coisas de você. - Ele sorriu e acabou deixando algumas lágrimas caírem

─ Não chora... - Ajudei ele a enxugar as suas lágrimas, permaneci com as mãos no rosto dele

─ Caiu um cisco no meu olho.

─ Parece mesmo que foi um cisco. - Fui irônica - Quer ir embora?

─ A festa acabou de começar, vão sentir nossa falta. - Disse Obito

─ Tem razão, vamos voltar pra festa e depois a gente sai daqui. - Ainda com as mãos em seu rosto, fiquei na ponta dos pés para poder beijá-lo

Obito correspondeu ao meu beijo no mesmo instante, mas infelizmente só durou alguns segundos.

Saímos dalí e voltamos para a sala onde estava a maioria das pessoas. Nossos amigos já estavam quase que completamente bêbados, Kakashi era o único que se salvava.

─ Onde vocês estavam hein? - Kakashi perguntou

─ Por aí. - Respondi

─ Obito, meu amorzinho. - Naomi veio até nós completamente bêbada, ela andava cambaleando. - Eu tava te procurando.

─ Olha seu estado Naomi. - Obito ajudou ela a sentar no sofá

─ Minha cabeça ta doendo. - Ela choramingou

─ O que você bebeu hein? - Obito perguntou

─ Nada demais, só saquê e alguns... remédios? - Ela parecia confusa

Sério? Saquê e remédios? Isso pode causar uma intoxicação.

Fui até a Naomi e olhei bem nos olhos dela, as partes que deveriam estar brancas, estavam avermelhadas.

─ Ela só tá chapada, os "remédios" devem ter sido drogas. - Falei - A noite de hoje vai ser um borrão na mente dela amanhã.

─ Essas pessoas não sabem se controlar em uma festa. - Disse Kakashi - É melhor levar sua amiga pra casa, Obito.

─ Kakashi tem razão. - Falei - Ela vai ficar melhor se tomar um banho gelado e um café forte. Não sei como ela pôde ter chegado nesse estado em tão pouco tempo.

─ Ela não pode ir pra casa dela desse jeito, os pais dela são muito rígidos com relação a drogas e bebidas. - Disse Obito - Se ela chegar assim no bairro, alguém pode falar com os pais dela.

─ Vamos levar ela pra minha casa então. - Falei

─ Aah, eu não quero ir embora. - Disse Naomi

─ Você precisa ir. - Disse Kakashi

─ Não. - Ela fez birra

─ Eu não tenho paciência pra essas coisas. - Kakashi revirou os olhos - Usa seu Ninjutsu medico e deixa ela inconsciente, Rin.

─ Você tá maluco? - Perguntei

─ Você prefere passar o resto da noite tentando convencer a madame drogada a ir pra casa? - Kakashi perguntou

─ Vai ser menos trabalhoso desse jeito. - Obito perguntou

─ Até você? - Olhei para o Obito

─ Rápido, Rin. - Disse Kakashi

─ Desculpa, isso vai doer só um pouquinho. - Me aproximei da Naomi e coloquei a mão na cabeça dela usando meu Ninjutsu para deixar ela inconsciente

Obito levou ela para um dos quartos da casa e eu pedi para a Kurenai ficar de olho nela.

Depois de um tempo eu e o Obito decidimos ir embora.

Estarei sempre te observando - ObirinOnde histórias criam vida. Descubra agora