ligação - Cap 16

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Rin Nohara

Chegando no escritório do Hokage, eu encontrei a Tsunade que estava muito ocupada e me mandou esperar em uma sala privada, eu fui com a Kurenai e ficamos esperando.

A sala era relativamente pequena, mas bem decorada.

─ Será que vai demorar? - Kurenai perguntou enquanto rodava em uma cadeira giratória

─ Não sei. - Respondi

─ Que tédio.. - Ela reclamou

─ Você pode ir pedir alguma missão sabia? Assim você sai do tédio. - Falei

─ Eu tenho uma missão, mas ela vai começar quando o sol se por e eu vou passar uns três dias fora.

─ Que missão é essa? - Perguntei

─ Acho que é pra ajudar os ninjas da vila da areia. - Ela resolveu

─ Acha é?

─ Eu não prestei atenção na explicação, só sei que o Asuma vai. - Ela sorriu

─ Vocês pensam em namorar sério?

─ Sim, a gente já conversou sobre isso, mas decidimos ser discretos pra continuarem mandando a gente nas mesmas missões.

─ Entendo, os superiores não podem deixar os sentimentos interferirem nas missões. - Falei

─ É, já pensou se acontece comigo a mesma coisa que aconteceu com você e seu time na guerra? Eu não ia querer ficar dois anos longe do Asuma.

─ Você precisava me lembrar disso?

─ Foi mal...

Seis anos atrás, estavamos em guerra, a missão do time sete era destruir uma ponte, mas eu acabei sendo sequestrada. Por minha causa o Kakashi perdeu um olho e o Obito quase morreu sendo esmagado por uma pedra. Todo mundo achava que ele tinha morrido, mas dois anos depois, quando os ninjas da vila da pedra colocaram a bijuu de três caudas em mim, ele apareceu e nos ajudou. Até hoje ele nunca falou sobre o que aconteceu naqueles dois anos e quem o ajudou.

─ Tudo bem. - Falei

Tsunade entrou na sala fazendo a Kurenai se assustar e cair da cadeira que ela ainda estava girando.

─ Se divertindo com a minha cadeira, Kurenai? - Tsunade perguntou

─ Ela é bem legal. - Kurenai levantou

─ Então, o que vocês querem falar comigo? - Tsunade se encostou na parede com os braços cruzados enquanto nos encarava

─ Sabe Tsunade-sensei, eu tava pensando e.. uma semana ta muito encima da hora, eu preciso me preparar e aproveitar mais os meus amigos. - Falei

─ Bonitas palavras, mas quando ela disse "meus amigos", ela tava falando só do Obito. - Disse Kurenai

─ Kurenai! - A repreendi

─ Obito é? - Tsunade deu uma risadinha - Tudo bem, te dou duas semanas.

─ Que tal um mês? - Perguntei

─ Um mês é muito.

─ Por favor Tsunade-sensei - Juntei as mãos enquanto pedia

─ Deixa vai. - Kurenai me ajudou

─ Tudo bem, mas se no final você pedir mais tempo, eu vou embora sem você. - Tsunade disse

─ Aah obrigada. - Dei um abraço nela - Agora eu tenho que contar pro Obito. - Sorri e saí correndo

Fui para a minha casa o mais rápido que pude, eu estava feliz e ansiosa, tenho certeza que o Obito vai ficar muito feliz também.

Entrei em casa e corri para o telefone, liguei para o Obito, depois de chamar umas três vezes, ele atendeu.

Ligação:

─ Obito, eu tenho uma boa notícia. - Falei animada

─ Rin? - Era a voz da Naomi - Desculpa, o Obito não pode atender agora.

─ Por que? - Perguntei

─ Ele ta tomando banho. - Ela disse

─ E o que você ta fazendo aí?

─ Ele me chamou aqui para conversar.. - Ela deu risada - Bom, com o Obito e eu nunca é só uma conversa.

─ Ta, desculpa o incômodo. - Minha animação foi embora

─ Você quer que eu avise que você ligou, ou quer deixar algum recado?

─ Não, não precisa, obrigado. - Desliguei

"Com o Obito e eu nunca é só uma conversa". Essa frase ficou passando na minha cabeça por minutos, eu nem sei o que deduzir a partir daqui. Eu quero acreditar que ela usou as palavras erradas, ou que eu entendi errado, mas séria correto ignorar isso?

Sem perceber, acabei não fazendo nada produtivo o dia todo. No almoço eu tomei sorvete enquanto assistia um fime que eu nem prestei atenção.

Por volta das 19:20horas eu fui tomar um banho, me despi, entrei no box, liguei o chuveiro, e deixei a água morna molhar meus cabelos. Alí, encarando fixamente a parede branca do banheiro, eu não parava de pensar naquela ligação, e sem eu querer lágrimas saíram e se misturaram com a água.

Terminei o meu banho, vesti uma roupa normal e voltei pra a sala para ver mais um romance desastroso, quando derrepente meu telefone toca.

Estarei sempre te observando - ObirinOnde histórias criam vida. Descubra agora