XIV. O trio de ouro

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Até o final do jantar, conseguiu achar interesses em comum com Hermione - ironicamente, alguns eram livros de romance veela - eles surpreendentemente tinha assuntos e Draco fez questão de deixar claro como estava conhecendo trouxas e até já sabia alguns pontos importantes de Londres. O moreno fez um esforço enorme para não revidar os olhos ou acrescentar "você reclama todas as vezes que vai". Talvez fosse apenas o álcool, mas os dois pareciam amigos de longa data conversando.

— o que? A aurora boreal não é produzida por mágica? Eu tenho certeza que li isso em um livro sobre rituais bruxos da antiguidade - o loiro sorria parecendo desacreditado enquanto sorria para Hermione que estava sentada ao seu lado no sofá.

— não, na verdade os trouxas não tinha muita certeza, recentemente eles conseguiram entender melhor. As partículas do Sol se chocam com o campo magnético da Terra e -

— eu não acredito que ele conseguiu infectar Hermione - Ron parecia horrorizado olhando para a namorada alegremente explicando o fenômeno enquanto Draco toma um gole de whiskey de fogo.

— é... - Harry estava muito ocupado olhando Draco para prestar atenção no ruivo.

— ele me chamou de "pobretão" assim que você saiu.

— você sabe que ele perdeu a fortuna - mesmo sabendo que estava claramente tentando tampar o sol com a peneira, Harry defendeu o loiro.

— eu sei, não fiquei realmente incomodado, só queria dizer que ele continua uma praga irritante.

— você o provocou primeiro, não tente me fazer escolher um lado - Harry lhe lançou um olhar sério, e o ruivo não podia se importar menos.

— claro que você nos deixou sozinhos de propósito. Que seja, ele não mudou nada e você deveria se afastar.

— ele está tentando. Só... pegue mais leve com ele.

— eu não ter azarado ele é meu jeito de pegar leve. Sério, parceiro, eu respeito que você goste dele e tudo, mas Merlin, ele é um bastardo mesquinho.

— eu não gosto-

O tom da voz dos dois começou a aumentar enquanto Draco falava com certeza que a aurora boreal podia ser criada por bruxos e Hermione defendia que era um fenômeno totalmente natural e Ron perguntava o que diabos era aquilo.

Em um movimento repentino, a mulher virou a cabeça na direção de Potter e lhe olhou seriamente:

— Harry, rápido, me fale algo para impedir que eu mate Malfoy.

— em Azkaban não tem livros - ele falou rapidamente, porém soou com um tom de dúvida.

— nah, se você matasse Malfoy, eu te levaria quantos livros quisesse - Ron sorriu claramente instigando a namorada.

— que gentil, ruivinho. Mas Hermione não vai me matar, estamos ficando super amigos. Não é? - ele passou o braço ao redor dos ombros dela, sustentava um sorriso malicioso que fez Ron cerrar os punhos.

— menos, Draco - a Mione revirou os olhos se afastando do loiro.

— Draco? - Weasley parecia totalmente horrorizado enquanto a namorada se corrigia chamando-o por Malfoy como fazia sempre.

— os dois estão certos se isso ajuda, a aurora boreal era criada por bruxos e também pode acontecer naturalmente. Aliás, os bruxos só recriavam o fenômeno que já existia - Harry explicou o que fez todos o encararem surpresos — o senhor Weasley me explicou, ele é um cara muito legal e entende tanto de bruxos quanto de trouxas. Vocês todos deveriam se acertar para terem conversas legais assim juntos.

Teddy é meu! • DrarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora