como se conheceram | Legolas

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Está sendo só mais um dia normal aqui, por essa grande e vasta Terra-media. Nada de interessante e nada de diferente.

Bom... Já que não tenho nada a fazer, vou para àquela floresta perto de Mirkwood. Qual o nome dela mesmo?... Bem, não importa. Só vou passar por lá mesmo, passar um tempo já que não há nada para fazer. Tudo que levo é apenas meu caderno de desenhos e uma espada. Somente essas coisas.

Chego na densa floresta, que muitos dizem ser amaldiçoada, e subo em uma das árvores que ali tem e me sento em um dos galhos, me sento de forma que eu me escoro no tronco da árvore, assim me deixando confortável. Desenhei algumas árvores, e outras coisas. O que o tédio não faz, não é mesmo?

Estava calmo demais o lugar, e, como esperado, acabei adormecendo. Acordei e já estava escuro.

puta merda.

Era só esse pensamento que vinha a minha cabeça. E o pior, é que eu sentia mais alguma coisa nessa floresta, e essa tal coisa não parecia estar tão longe não. Eu só guardo meu caderno na bolsa e saco minha espada. Levanto devagar do galho, sem fazer barulho e tento rapidamente sair dali o mais rápido possível. Só que, o plano era não fazer barulho algum, mas acabei escorregando em um musgo no tronco da árvore. Despenquei e fiz muito barulho ao colidir com o chão. Por conta do impacto, minha visão ficou turva e não consiga ver muito bem, e não sabia onde estava minha espada e comecei a entrar em pânico, porque também comecei a escutar e sentir passos pesados perto de mim. E quando eu finalmente recupero minha visão, eu acho minha espada, ela estava um pouco longe de mim, e assim que me levanto rápido para pegá-la algo puxa minhas pernas para trás, fazendo com que meu corpo caísse no chão com brutalidade.

Me virei para trás com dificuldade e vi que era uma das aranhas do necromante que ali tinha me pegado... E eu seria comida das outras arranhas ali, muito provavelmente. Embora inútil, tudo o que eu consegui fazer para tentar me salvar foi gritar pela minha vida torcendo para que alguém me escutasse.

E quando eu pensei que não teria mais chance de escapar, escuto um barulho rápido e sutil... Que mais parecia ser uma flecha. No mesmo momento em que houve o barulho, a aranha instantâneamente parou de me puxar. Ela estava morta.

Me levantei tão rápido que nem eu mesma me vi levantando do chão. E enquanto estava correndo desesperada alguém me puxa pela mão.

- Aaaah! - gritei em desespero.

- É muita irresponsabilidade estar caminhando aqui e ainda mais numa hora dessas. - ora essa voz grave e conhecida me intimidou muito, e depois de engolir seco me viro para ver quem é.

- Não imaginei que aconteceria algo do tipo. - digo tentando me soltar dele. Ele não era estranho pra mim...

- Lógico. Vocês da raça dos homens nunca pensam em nada.

Sim, eu fazia parte da raça dos homens. Por isso tanto desprezo do mesmo. E, sabia que o conhecia, era filho de Thranduil, um metidinho a besta mesmo. E chato que dói...

- Ah sim, muito obrigada por me salvar, meu herói. - Digo em ironia enquanto procuro minha espada que ainda não tinha pegado.

- Estou falando sério, (S/n). Eu não andaria por aqui a não ser que queira ter uma morte terrível...

- Bom, acho que a vida é minha, né!?

- E você acha que essa sua atitude está certa?

- Eu... Basicamente, não estou entendendo... Por que está tão preocupado? E outra, como sabe o meu nome? Sou nova aqui ainda e nunca nem vi você. - Falei enquanto abria caminho em meio aos arbustos até avistar Mirkwood.

O mesmo nada respondeu. Caminhamos e paramos em frente ao grande portão. O mesmo não abriu a porta e assim que iria abrir ele me impediu. Sem entender apenas olhei pra ele franzindo a testa.

- O que foi agora?

- Não tem permissão pra sair, escutou? E tem sorte de eu não falar com meu pai sobre...

- O que o seu pai tem haver com isso? Aaaah... Espera aí... Você é filho do tal rei élfico! - eu disse gesticulando minhas mãos com gracinha, irritando o mesmo. - Você é a princesinha do papai.

- Me escute bem... - Disse puxando meu corpo contra o do mesmo, me fazendo estremecer dos pés a cabeça e olhou bem no fundo dos meus olhos com aquele marcante olhar azul - Se eu lhe dou uma ordem você tem que obedecer. Se eu disse que não é para ir para a floresta, então não é para ir, e faço e digo isso pelo seu bem, a não ser que queira morrer. - a voz grave dele no meu ouvido... Pelo amor de Ilúvatar, que coisa linda! - estamos entendidos?

- Claro. Eu só não entendi porque essa preocupação toda.

Não disse nada. Apenas abriu os portões e entramos.

Na claridade, logo pude vê -lo com clareza, seu cabelos loiros eram tão lindos, era alto, e aqueles olhos... Aqueles malditos olhos azuis. Era lindo. Tudo nele era lindo.

Ele apenas prosseguiu seu caminho e eu segui o meu. Fui logo para o meu "apartamento" e fui descansar. Estava animada. Já tinha uma nova interação, um novo entretenimento...

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𝐎 𝐇𝐨𝐛𝐛𝐢𝐭 | 𝐣𝐮𝐬𝐭 𝐟𝐚𝐧𝐟𝐢𝐜𝐬Where stories live. Discover now