Capítulo 4.

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POV RAFAELLA

R: Atende Lucas, atende. - minha boca já estava vermelha de tanto que eu mordia. Mal tinha amanhecido e eu estava na cozinha de Bianca tentando ligar para o imprestável pai da minha filha que não atendia a droga do telefone - Idiota - Deixei meu telefone na bancada e me debrucei.

Do outro lado do estado eu não sabia se ele havia feito o que mandei. Meus pais me avisaram que Laura acordou passando mal e com uma febre forte. Não sabia exatamente o que tinha acontecido e a falta de notícias me deixava ainda mais tensa. Como eu me odiava por não estar perto dela. Com a garganta presa num nó, algumas lágrimas teimosas saiam. Estava quase pegando um voo e voltando para casa pois a vontade de dar colo ao meu bebê estava maior do que tudo no momento.

Meu telefone vibrou exibindo o nome de Giovanna no visor. Atendi rapidamente.

— Anna, me diga que ela está bem - respirei fundo.

Rafa, se acalma. - ela pediu. A última coisa possível no momento era ter calma.

— Onde está o Lucas? Passa o telefone para ele.

— Ele ainda não apareceu aqui. - filho da puta - A gente passou a madrugada no hospital e chegamos agora, eu nem sei se vou à escola.

— Mas o que o médico disse Giovanna? O que ela tem?

É apenas uma virose, Ella. - respirei um pouco aliviada - Ela vomitou um pouco no caminho para casa, e a mamãe está fazendo ela dormir agora - respirou fundo. - Eu juro que eu vou acabar com a vida do Lucas quando ele der as caras aqui. Minha mãe terá que faltar ao trabalho, sabia?

— Eu irei resolver com ele depois, pena que vai ser pelo celular. - revirei os olhos - Ela está bem mesmo, Giovanna? Não tem perguntado de mim?

O que tempo todo, Rafaella. - soltei um suspiro pesado - Ontem ela estava te chamando enquanto dormia, achando que cê estava aqui, tadinha. Estava delirando de tão quente.

Fechei os olhos sentindo meu rosto inundar após ouvir isso. Eu só queria dar a Laur, aquecer seu corpinho com o meu e cuidar dela. Lucas era um maldito irresponsável que só gostava de ficar com a própria filha quando a mesma estava bem, pois segundo ele não tinha jeito. Ele iria me ouvir bastante assim que eu tivesse oportunidade.

— Obrigada, Giovanna. - agradeci com todo o coração - Eu não sei o que seria sem ocê e sem nossos pais, obrigada de verdade.

Não seja boba, Ella. Laura é minha sobrinha e eu a amo mais que minha vida, faço de tudo por aquela chatinha - sorri um pouco - Fica tranquila, tá bom? Estamos cuidando do seu bem mais precioso, minha irmã.

— Eu amo vocês. - disse enquanto tentava secar minhas lágrimas.

A gente te ama muito mais - respondeu de volta - Eu vou ir descansar um pouco, mais tarde eu te ligo tudo bem?

— Claro, por favor - nos despedimos e desligamos o telefone.

Eu estava um pouco aliviada por ser uma virose, porém ainda queria cuidar pessoalmente da minha baby girl. Eu sei o quanto ela queria meu colo nesse momento.

B: Rafaella? - dei um pulo ao ouvir a voz de Bianca atrás de mim.

Virei-me encontrando a mulher que vestia um moletom e um short folgadinho branco.

B: Meu Deus, por que está chorando? - ela se aproximou e pegou minha mão me fazendo sentar na cadeira.

R: N-não é nada. - sorri um pouco para despreocupá-la.

My Protection (RABIA)Where stories live. Discover now