Capítulo 13.

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POV RAFAELLA

Eu havia acabado de transar com Bianca Andrade?

Pensar nisso enquanto o quarto estava em completo silêncio era embaraçoso e duvidoso. Eu acharia ser algum tipo de delírio de não fosse pelas pernas da carioca entrelaçadas nas minhas enquanto o lençol de sua cama cobria apenas nossos sexos. A pele quente e macia da sua coxa roçava na minha com sutileza enquanto eu sentia seus olhos castanhos em mim.

Bianca e eu estávamos nuas e juntas, na mesma cama.

O quão surreal isso pode ser?

Eu não sei.

Minha única certeza era que aquele vestido vinho que agora estava jogado em algum canto do quarto teve um grande poder de luxúria sobre mim.

B: Tá se preparando pra sair correndo? - falou interrompendo meus pensamentos.

Bianca se aproximou como um gatinho manhoso encaixando seu rosto na curva do meu pescoço. Uma de suas mãos pegaram a minha, dirigindo-a para o topo de sua cabeça onde iniciei um leve carinho que a fez fechar os olhos e soltar um gemido de satisfação.

B: Vou acabar achando que fodo mal pra caralho se tu fizer isso. — ela brincou e rimos juntas da situação.

R: Não vou correr. - garanti. Entrelacei sua mão livre na minha. — Mas isso não significa que eu não estou atônita com o que aconteceu.

B: Eu sei. Dá pra ver isso na sua cara. — riu baixinho. - A gente, transou, fez sexo, fodeu... gostoso. - sussurrou a última parte. Bianca ficou sentada na cama enquanto usava o lençol para cobrir seus seios. - Você se arrependeu?

R: Não! - afirmei rápido. - Mas isso não muda o fato que você é minha chefe.

B: Eu não sou sua chefe! - franziu as sobrancelhas em protesto. - Gabriela é. Você é a pessoa contratada para cuidar de mim, e olha... cuidou muito bem.

A tatuada deu uma piscada galanteadora e em seguida se inclinou para me dar um selinho demorado.

R: Bianca... - protestei num sorriso. Pela quentura das minhas bochechas, eu imagino o quanto elas estavam coradas.

A carioca sempre tinha palavras na ponta da língua.

B: Já aconteceu, Rafaella. - seu olhar se sustentava no meu. - Eu amei estar contigo essa noite e não mudaria nada. Esqueça por um momento todos os holofotes que me cercam. Aqui sou só eu, uma mulher comum que teve um fim de noite fantástico com outra mulher maravilhosa.

Ela se aproximou, unindo nossos lábios num beijo diferente dessa vez. Não era algo que se resumia a luxúria nem outra coisa de cunho sexual. Era intimidade no significado mais profundo que essa palavra pode carregar. A carioca era apenas ela agora, como disse.

Nua de roupas, mas vestida inteiramente de sinceridade...

A droga do meu pronto fraco.

B: Vem! - exclamou num tom baixo, terminando nosso beijo num selinho. - Vamos tomar banho.

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Bianca dormia profundamente ao meu lado. As pontas dos meus dedos se moviam delicadamente pela curva do seu maxilar delineando todos os seus traços. Se eu achava impossível achá-la mais bela, foi porque ainda não havia visto a mesma dormindo como um anjo, com o rosto livre de qualquer maquiagem.

Ela é linda de todas as formas no fim. Jamais cansarei de dizer isso.

Eram quase sete da manhã e eu já sentia o cheiro forte de café vindo da cozinha. O dia começava cedo na mansão Andrade, com todo o vai e vem de empregados. Bianca era uma das primeiras a acordar, porém ainda estava afundada na cama e eu não tinha a menor coragem de despertá-la.

My Protection (RABIA)Where stories live. Discover now