12. Duelos e Berradores

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Durante todo o caminho de volta a Hogwarts James não disse uma sequer palavra, eu estava começando a me preocupar com ele, sua expressão era de um maníaco.

- Esperem. - pedi antes de passarmos pela estátua da mulher de um olho só. - Não podemos contar a diretora, não ainda.

- E por que não? - Fred quis saber. - Não podemos lidar com isso sozinhos.

- Eu sei, eu sei... Mas é que tipo, McGonagall não sabe que saímos de Hogwarts. Sei que esse é um assunto um tanto complicado, mas se contarmos agora podemos nos encrencar feio.

- Você esta insinuando para ficar em nossas mãos? - Teddy pergunta incrédulo.

- E o que vocês querem fazer? Sair procurando por esse aluno que não sabemos quem é? - James indaga cruzando os braços. - Se for assim, eu estou dentro.

- Temos que ficar de olho bem aberto nos alunos e procurar um que anda fazendo coisas suspeitas. - Fred concorda.

- Não foi isso que eu quis dizer... - murmuro mais para mim mesma pois os Marotos já tinham se afastando.

Esses três realmente não pensam nas consequências, como eles vão encontrar o garoto? Se acharem como saberão se ele é o garoto? E se ele realmente for o garoto, o que vão fazer com ele? Por isso odeio descobrir coisas que estão além da minha capacidade.

Me esquivei em direção ao banheiro da Murta que Geme para ficar sozinha e tentar pensar direito no que estava acontecendo. Joguei água fria no meu rosto e fitei meu reflexo no espelho embaçado, eu estava mais pálida que o normal e minhas sardas estavam praticamente piscando. Mordi meu lábio inferior.

- O que eu faço? - pergunto ao meu reflexo como se el fosse responder.

- Que tal se jogar da Torre de Astronomia? - o rosto do Malfoy aparece atrás de mim no espelho e me viro. - Falando sozinha, Weasley? A loucura finalmente se revelou.

- Você quer falar dr loucura comigo, mas não foi eu quem entrou no banheiro masculino. - digo com deboche. - Qual é Malfoy, está saindo do armário?

O loiro me fuzilou com raiva e notei que seus olhos estavam injetados de sangue e havia olheiras profundas sob os mesmos, como se ele tivesse chorado recentemente.

- Eu estava tentando ficar sozinho, mas você tinha que aparecer para estragar. - revira os olhos.

- Está irritadinho, é?

- Se estou não é problema seu, sujeitinha de sangue-ruim.

- Não desconte sua raiva em mim, eu não tenho nada haver com isso. - rebato levemente ofendida e quando vou em direção a saída um feitiço ne atinge fazendo com que eu caia no chão. - Mas que diabos...?

- Tem razão, Weasley - ele aponta sua varinha em minha direção -, você não tem nada haver, mas é ótimo atingir um feitiço em alguém. Alivia a raiva, sabe.

O modo como ele disse me fez ficar desconfortável, me levantei num pulo e peguei minha varinha virando-a para ele.

- Estupefaça! - sabia que não era muito inteligente da minha parte reagir a suas provocações, mas eu estava com raiva dele mesmo não entendendo muito bem o que estava acontecendo comigo.

Malfoy rebatia todos os feitiços que eu entoava, chegava a ser irritante pois nunca conseguia atingi-lo, e acontecia a mesma coisa ele, o loiro acertava em tudo menos em mim. Uma parte minha começou a se perguntar se ele queria realmente lançar algum feitiço em mim.

O banheiro naquele ponto estava totalmente destruído e eu e o Malfoy intactos. O chão estava inundado, as pias quebradas e jorrando água para todos os lados, havia pedaços pontudos dos espelhos espalhados pelo chão e alguns boxes dos vasos sanitários estavam quebrados a ponto de estarem irreconhecíveis. Só paramos no momento em que uma McGonagall furiosa entrou no banheiro e me amaldiçoei por ter esquecido da diretora.

A nova geração - Harry PotterWhere stories live. Discover now