13. Quase assassinato

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Depois que recebi o berrador comecei a manter uma certa distância do Malfoy, ele entretanto fazia o mesmo e eu me agradecia por isso.

As provas finalmente tinham finalmente chegado e para ser bem sincera, eu sabia que ia me dar muito bem. Hoje vou ter prova teórica de todas as matérias. A primeira prova que tive foi a de Poções, essa é uma das matérias que mais tenho dificuldade então fiquei estudando para ela durante uma semana inteira. Ao decorrer da prova notei que alguns alunos ao meu redor ficavam enrolando e/ou tentando espiar as provas dos outros.

Pela primeira vez fui uma das ultimas a terminar de responder as perguntas, parecia que nenhuma fazia sentindo. Após sair da sala notei que ainda tinha tempo para a próxima prova, caminhei até o jardim, mesmo estando frio e ameaçando a nevar ficar aqui fora ainda me deixava calma. Com um sorriso no rosto me sentei debaixo de uma árvore e abri o livro de feitiços. Eu estava tão concentrada que demorei um pouco para notar que eu não era a única no jardim; comecei a ouvir umas vozes se aproximando e dois alunos param não muito longe de onde eu estava, e felizmente do meu lugar, eles não podiam me ver.

- Ainda acho que isso vai te meter em uma encrenca enorme - disse uma garota de cabelos escuros e logo completa: - nunca se sabe o que os comensais podem fazer caso seja pego.

- Relaxa, isso nunca vai acontecer. Sou esperto, esqueceu? - retruca o garoto, que este estava de costas para mim me impedindo de ver seu rosto.

- E o que você pretende fazer? - o garoto se aproximou dela e sussurrou algo em seu ouvido, fazendo-a rir sem humor - Nem conte comigo para isso.

- Como se eu precisasse da sua ajuda. Eu posso fazer tudo sozinho, você só precisa vigiar.

Os dois falam mais alguma coisa que não consigo ouvir e logo se afastam, indo cada um para um canto.

Oh céus...

Fechei o livro e me levantei as pressas, o que eu tinha acabado de ouvir.... Merlim...! Aquele era o comensal. Eu precisava contar aos Marotos urgentemente. Eles iam fazer alguma coisa que poderá ou não machucar meus primos.

Infelizmente não pude nem conversar com os Marotos, as provas ocuparam tempo de mais e comecei a me questionar se os comensais optaram por agir hoje por conta das provas.

- O que esta acontecendo com você? - Kelsi pergunta durante o jantar. - Se está tão nervosa por conta das provas eu vou ter que bater em você.

- Bater em mim? - questiono sorrindo.

- Sim, afinal, que tipo de aluna da Ravenclaw anseia por uma prova? Por favor né.

Dou uma risada e a morena me acompanha.

- Não é por isso... É que eu descobri uma coisa e preciso contar aos Marotos, mas não os vi hoje.

- É tão importante assim que não pode esperar até amanhã? - a curiosidade estava estampada na face da minha amiga e tive que conter a vontade de soltar um comentário debochado quanto a isso.

- O problema é esse, Kelsi, não sei se amanhã será tarde de mais.

A morena faz um biquinho e concordando com a cabeça.

- Sabemos que o James está em algum lugar no castelo com a Rebekah, esses dois ainda se casam, to falando. - Kelsi comenta rindo. Era bem óbvio que desde o baile ambos estiveram tomando seus tempos para ficar um com o outro, e isso até distraia a cabeça de James quanto os comensais e seu plano.

- Em falar deles... - começo e levanto uma sobrancelha para Kelsi - e quanto a você e o meu outro primo Fred?

Kelsi bufa alto e se apóia nos cotovelos encima da mesa enquanto olhava para o nada.

- Acho que não passa de amizade, ele é meio quieto... Sei lá. Mas eu queria que acontecesse algo.

- Essas coisas demoram, eu acho.

- Não foi desse jeito para a Beky.

- Mas conhecemos a Rebekah o suficiente para saber que ela atrai facilmente um namorado. - digo me lembrando dos caras que a loira já ficou, tanto ela como James tem uma lista de ficantes em menos de um ano, não entendi ainda como eles ainda estão juntos. - Mas relaxa, com certeza Fred gosta de você, quem não gostaria?

- Obrigada, Rose. - ela me abraça e saímos do Salão principal.

Enquanto andávamos pelos corredores a história do comensal em Hogwarts voltou a circular minha mente, eu fiquei imaginando como ele seria e como seria muito fácil se ele não estivesse de costas para mim mais cedo. Estávamos subindo para a torre da Ravenclaw quando ouvi gritos apavorados. Olhei confusa para Kelsi e corremos em direção aos gritos com a varinha em mãos; chegamos até em frente ao quadro da mulher gorda, onde todos os alunos na Gryffindor estavam do lado e fora de pijamas e completamente horrorizados. Fred e Teddy estavam ali também e nos aproximamos com cautela.

- O que houve? - pergunto.

Eles não conseguiram falar, mas apontaram para uma canto onde
James Potter se encontrava inconsciente e com profundos cortes a faca nos dois braços. Rebekah estava próxima dele sentada no chão e tremendo.

- Oh Merlim. - Kelsi olhou para o outro lado e Fred a envolveu em seus braços.

Levei a mão a boca, os comensais agiram realmente hoje e por que usar facas? Fiquei sem ação e lágrimas jorravam dos meus olhos, James estava tão pálido, ele nem mexia, mal dava para notar se ele estava ou não respirando. Ainda em choque vi que não muito longe do quadro uma faca de cortar carne estava ensanguentada com um brilho azulado a envolvendo e completamente esquecida, então aquela era a arma do crime.

Levaram o James para a ala hospitalar, junto com os Marotos fomos juntos. Kelsi ficou para trás junto a Beky. Só me permitiriam entrar depois e meia hora, ao entrar na ala hospitalar vi o Albus sentado na cama ao lado e onde James estava deitado. Abracei o meu primo que se controlava para não chorar.

- Como ele está? - pergunto ao me soltar.

- Acho que estável - Albus funga o nariz - ao que parece a faca que o atacou estava enfeitiçada e drenou quase toda sua energia. Deram para ele uma quantidade exagerada de poções que agora provavelmente James não sente nada.

- Seus pais já foram avisados?

- Sim, logo eles estarão aqui.

Cheguei mais perto do James, seus braços estavam enfaixados, mas não havia vestígio de sangue. Respirei fundo me perguntando se eu não poderia fazer alguma coisa para impedir, afinal eu tinha uma ideia do que poderia acontecer.

- Pelo menos você esta bem, Al. - digo e ele deu de ombros.

Olhei para os Marotos que estes apenas sorriram fraco para mim, aquela seria uma boa oportunidade de dizer o que ouvi. Os puxei para um canto e foi nesse momento que notei que a porta da ala hospitalar estava meio aberta e um cara alto encapuzado segurando a faca que foi usada para cortar o James nos observava, a manga esquerda do seu capuz estava levemente levantada, deixando a mostra o começo de uma tatuagem que foi marcada à fogo.

E foi aí que as coisas começaram a fazer sentido....

A nova geração - Harry PotterWhere stories live. Discover now