34 - A vida normal

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HARRISON

O domingo passou e foi mais um dia de puro amor na casa do S-

Na nossa casa. 

De manhã foi hora de fazer faxina, era preciso. Obviamente que Scott quis me ajudar, mas eu não pude deixar de jeito algum. Foi difícil convencê-lo, mas tive que conseguir. Enquanto eu limpava tudo, ele ficou lá em cima, no quarto, lendo algumas HQs. 

— Se eu ficar aqui embaixo com você, vou ficar irritado vendo você fazer toda essa faxina sozinho e não vou conseguir me controlar. Vou acabar levantando e indo te ajudar. 

Pedi pra que ele deixasse eu fazer o almoço sozinho também, mas como sempre, ele foi teimoso e teve que me ajudar no fim das contas. Ele ficou a tarde toda jogando Final Fantasy 7 e eu assistindo, agarrado com ele no sofá da sala. É claro que às vezes ele dava uma pausa pra aproveitar alguns breves momentos comigo. Entre esses beijos e amassos, não nos atrevíamos a ficar mais tempo ou ir muito além e Scott sabia o porquê. 

Pelo menos parecia que muito em breve ele já estaria totalmente recuperado. Ele ainda sentia algumas dores no corpo e às vezes nas próprias pernas, além da sensação de formigamento.

De noite, Scott queria fazer o jantar sozinho, mas como ele nunca me deixava cozinhar sozinho, também não atendi o pedido dele. O ajudei a cortar os legumes e a ficar de olho na panela. Jantamos e conversamos bastante, como sempre. Assunto não era o que faltava. Estávamos completamente apaixonados um pelo outro, dois namorados com uma conexão surreal, igual quando éramos adolescentes... 

Antes de dormir, ficamos assistindo um talk show que ele adorava, através da pequena TV que ele tinha no quarto. Eu estava com a cabeça apoiada em seu peito, o abraçando de lado e ouvindo sua respiração enquanto ele mexia no meu cabelo. Era como estar no paraíso. Me trazia paz, conforto, aconchego. Era o meu lar. Com tantas sensações boas ao mesmo tempo, logo peguei no sono. 

***

— Vida, vamos logo, lembra que eu tenho que trabalhar daqui a pouco!

— Tem certeza que você quer ir comigo? Sério, não precisa! 

— Scott, eu prometi que te acompanharia pra essa consulta, vamos logo. 

— Aposto que é porque você quer ter certeza do que o médico vai dizer, pra ficar de olho em mim, não é? — ele desceu as escadas e me abraçou forte, enchendo o meu rosto de beijos. 

— Vamos, amor, os beijos ficam pra depois. — o afastei de mim, rindo.

— Difícil adiar essas coisas. — ele me abraçou de lado e fomos andando até a porta da sala. 

Saímos de casa e entramos no carro, pusemos os cintos e desta vez eu ia dirigir. 

— Vamos ver o quão bem você dirige.

— Está me desafiando? — ergui uma sobrancelha pra Scott. 

— Não sei... — ele riu.

— Você só não viu eu dirigindo aquela vez porque estava desmaiado de tanto sono no banco do lado, se lembra, engraçadinho? 

Quando o amor é pra sempre (Romance Gay)Where stories live. Discover now