O Último Uchiha E A Flor De Cerejeira

Capítulo 35 - Onde Nascem As flores Part. XIII

Onde Nascem As Flores Part. XIII

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Onde As Flores Sangram

"No fim, ela me abraçou mesmo coberto de sangue, mesmo tendo matado tantos em tantas guerras, ela me abraçou e olhou em minha alma, nos detalhes da minha alma quebrada e sorriu, e aquele sorriso me salvou."

— O Brilho Vermelho Da Vida De Um Shinobi.- DeiseCristtina.

                                       O ar pareceu sumir de sua garganta quando ela se apertou, as lágrimas quentes contra sua mão agora queimavam e apreciam chegar a alma.

As mesmas lágrimas quentes também molhavam seu rosto.

"Sasuke-kun..."

A palavra pariu no nó da garganta antes de sair.

A chuva havia aumentando, parecia querer levar a janela junto consigo e árvores pareciam desesperadas demais para entrar, para fugir da chuva.

Mas ali dentro também havia uma tempestade, uma de sangue e flores.

— Eu... — A voz falha, trêmula e dolorosa mal saiu quando ele ergueu o olhar mais vez.

— Eu j-juro... — Ele disse, entre soluços, palavras mal pensadas mas cheias de sentimentos, todas as verdes escondidas atrás do medo. — Eu v-vou te escutar! — Os fios negros em volta do rosto também encontravam as lágrimas desesperadas.  O quarto de novo pareceu ficar pequeno, as paredes ficaram mais próximas e ele as via chegar. O queixo tremia de medo, esse Sakura o deixa-se? Ele sempre daria o que era melhor para ela, mas aguentaria se ela o deixa-se?

O mundo pareceu parar, tudo havia se tornado doloroso demais.

Ela havia segurado todo aquele tempo, se controlando para fazer o melhor para Sasuke, sempre o colocando acima dela, acima das dores que sentia todos os dias durante a viagem.

Todo aquele sofrimento foi para vê-lo feliz, foi para provar que ela poderia fazê-lo feliz! Mas... Agora ele estava ali, chorando desesperado perguntando quando ela havia parado de confiar nele.

Se ele soubesse de tudo, da verdade que agora parecia cortar os ossos e fazer o coração disparar.

Ela o amava, amava tanto que colocou todas as necessidades dele acima dela, colocou a própria vida em risco para fazer algo que ele queria, restaurar o clã. 

Se ele soubesse que ela segurou aquele bebê em segredo não porque não confiava nele, mas porque o queria ver feliz. Se ele soubesse.

— Sasuke-kun! — A voz soou como um grito abafado, e as lágrimas dela encontraram o  rosto de Sasuke. — Sasuke-kun, — um  choro de desespero de ambos agora cortava o som da chuva. — Eu te amo sasuke-kun, eu te amo!

Ele a carregou, pernas entrelaçadas na cintura e capa negra, mãos rodeando o pescoço dele, a mão dele sobre as costas dela.

"Eu te amo"

Era o som que se perdia na chuva, no vento e no quarto.

Antes que ele pudesse notar as paredes haviam voltado ao lugar, e o frio pareceu cobrir o quarto.

As horas passaram, lágrimas foram derramadas entre explicações e desculpas.

A chuva do lado de fora diminuiu e agora só a escuridão rondava o quarto, os raios ainda cortavam os céus e os trovões pareciam querer tremer a terra, mas ali naquela cama tudo parecia calmo.