Ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴍᴇᴜ

Capítulo 27 - Nosso próximo encontro será o último

- Aqui costumava ser a sala de reuniões. Mas foi sendo esquecida com o passar do tempo, uma outra sala foi feita e essa aqui entrou em desuso. Ninguém mais vem aqui.

- Estranho. Ela parece estar limpa e em perfeito estado. - respondo olhando ao redor e vendo que de fato a sala estava em boas condições.

- Isso é porque eu costumava vir aqui. - diz me fazendo olhar para ele. - É um lugar calmo. - explica dando de ombros.

Ren anda até uma parede, a qual tinha uma enorme tapeçaria pendurada. Meus olhos percorreram toda a sua extensão e eu fiquei maravilhada com os desenhos gravados nela.

Me aproximei mais para observar mais de perto.

- Isso são... fios de ouro? - perguntei passando os dedos pelos bordados.

- Sim. - Ren confirmou.

Ele estava ao meu lado e também observava as imagens à nossa frente. Meus olhos não descansavam um minuto, indo sempre de uma ponta a outra e olhando minuciosamente cada detalhe.

- Essa tapeçaria foi bordada com o manuseio das melhores e mais finas linhas. Tudo isso... - ele passa a tocar nela também. - Para retratar a história da família Sasaki. - diz dirigindo o olhar para começo do tapete, onde eu imagino ser o início da história e do bordado.

- Espera... - murmurei dando passos para trás a fim de ter uma visão mais ampla do objeto. - Essa... é a história da sua família? - perguntei abismada.

- Sim. - Ren afirmou.

Abri levemente a boca em forma de espanto.

- É muito bonito. - elogiei voltando a reparar nos detalhes do bordado. - Como algo tão bonito e importante ficou esquecido nesse lugar? - perguntei.

- Quando o meu avô assumiu o controle da ilha ele fez algumas mudanças. As coisas eram diferentes antes dele. - disse enquanto ainda olhava para a tapeçaria.

- Diferentes como? - perguntei.

- Mais... livres. - ele explica olhando ao redor da sala. - Não tinha todo esse controle sobre quem entra ou sai da ilha. Não tinha toda essa formalidade e as coisas não eram tão rígidas. - ele explica com uma certa tristeza na voz. - Mas depois que ele assumiu, tudo mudou. E quando ele morreu, Osamu optou por seguir o estilo de governo do pai.

- Espera. - pedi levantando a mão na altura do ombro e balançando a cabeça. - Você está me dizendo que tudo por aqui já foi diferente? Que vocês já foram mais liberais e que as pessoas podiam transitar livremente pela ilha? - perguntei abismada.

- É exatamente isso que eu estou dizendo. - ele confirma.

- Por que o seu avô mudaria isso? - perguntei confusa.

Ren deu ombros.

- Não faço ideia. Eu não cheguei a conhecê-lo. E ninguém comenta sobre isso. É considerado quase que um tabu falar sobre os velhos tempos.

- Isso é tão estranho. Como uma sociedade livre se torna tão fechada? - pensei alto.

- Também gostaria de saber. Mas não é esse o ponto agora, nós precisamos achar Akemi. - Ren puxa a tapeçaria com força usando as duas mãos e ela vai ao chão.

Achei o gesto um tanto bruto, pois aquela tapeçaria contava a história da família dele, mas compreendo que com os recentes acontecimentos ele não tenha mais tanta vontade de preservar isso. Levando em conta também o que ele acabou de me contar.

Isso me lembra o motivo de eu ter vindo para essa ilha. A Mizukage queria que nós descobrissemos o que se passava com os nobres da ilha Moya, segundo ela algo estava estranho, mas até agora a única coisa que tínhamos descoberto era que Akemi era alguém perigosa.