Capítulo 15 - Ela não é uma mulher fraca

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- Akemi, se acalma e respira! - pediu Akira enquanto fazia massagens circulares nas costas dela tentando acalmá-la.

- Nos conte o que aconteceu. - pediu Ren

- Eu vi a confusão... e então... eu corri... - Ela contou de modo cortado, por causa do choro. - Fui até o quarto do papai, eu... eu acho que ele está morrendo...!

Ela ainda tremia e chorava nos braços de Akira, que ao ouvir tudo se levantou junto com a irmã, soltou ela e saiu correndo para dentro da mansão. Ren acudiu Akemi, que parecia não conseguir ficar de pé e Gohan correu logo atrás de Akira.

- Sakura, por favor, ajude... - sussurrou Akemi aos soluços.

Afirmei com a cabeça e corri rumo à porta da frente da mansão, fui seguindo o chakra de Gohan, que estava não tão distante à minha frente. Corri pelos corredores e escadas até chegar ao local certo. Entrei no quarto e vi Yuna chorando aos pés da cama do marido.

Gohan já tinha se preparado para examinar Osamu. Ele não levou muito tempo, apenas alguns segundos para constatar o óbvio. Ele retirou as mãos de Osamu e lançou um olhar triste para Yuna, que tinha a linda face banhada em lágrimas.

Vê-la assim me deixou triste.

- Eu sinto muito. - Gohan se pronunciou com pesar e tomou distância da cama.

Diante daquilo, eu me aproximei de Osamu. Ele estava quase morto, mas ainda restava um pouco de ar em seus pulmões e seu coração batia francamente. Infelizmente, eu não poderia salvá-lo, sua situação era irreversível, mas eu poderia conceder a ele mais alguns minutos.

Ativei o meu Byakugou e com as minhas duas mãos eu concentrei o máximo de chakra que eu consegui nas minhas palmas. Pela forte ascensão de chakra todos olharam assustados na minha direção.

- Yuna-san, eu não posso salvá-lo, mas posso conceder a vocês algum tempo para se despedirem. - disse olhando para ela.

Vi um pequeno brilho em seus olhos, diante da notícia. Ela prontamente se sentou na cama ao lado do marido. E eu direcionei o chakra para o corpo dele, que, lentamente, começou a reagir.

- Querido? - Yuna chamou.

Osamu, vagarosamente, abriu os olhos, que estavam enevoados pela branquitude, indicando que ele perdeu completamente a visão.

- Y-yuna...? - ele chamou com a voz fraca.

- Eu estou aqui. - ela disse pegando na mão dele.

Discretas lágrimas escorriam pelos olhos delas.

- Você está... chorando? - ele perguntou em um fio de voz.

- Não se preocupe, querido. - ela respondeu calma, tentando passar tranquilidade para ele.

Ele levantou, com esforço e de forma trêmula, uma das mãos e buscou o rosto dela, vendo isso, Yuna o ajudou a achar seu rosto, guiando a mão do marido.

- Eu nunca mereci... nenhuma dessas lágrimas. - afirmou de forma triste.

Yuna acariciou a mão de Osamu que estava no rosto dela e sorriu fracamente com as palavras do marido. Ela não conseguiu responder nada. Acho que, por mais que ela quisesse, não podia negar que sempre sofreu por um homem que, na realidade, nunca mereceu o amor dela.

- Akira. Onde ele está...? - Osamu perguntou.

Akira estava no canto do quarto, tinha um semblante triste e os olhos vermelhos, mas se recusava a chorar. Ele desviava constantemente os olhos do pai, como se não quisesse guardar na memória a lembrança de Osamu naquele estado tão deplorável.

Ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴍᴇᴜ Where stories live. Discover now