Capítulo 14 - Shannarooo!

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Conto a Sasuke como foi a minha ida ao quarto de Osamu, falo para ele sobre seu estado e que ele logo não resistiria e viria a falecer.

- Então isso é bem mais grave do que imaginávamos.

- Sim, a planta só deve ser utilizada por profissionais, sendo venenosa quando utilizada sem conhecimento ou em grande quantidade.

- Sakura, isso é, visivelmente, algum tipo de conspiração. Quem quer que tenha envenenado Osamu e tentado matar Akira, sabe o que está fazendo. E pelo que você me contou de Osamu, isso já vem acontecendo há algum tempo.

Sim, era verdade. Pelo estado de Osamu e pelo que Yuna tinha me dito, ele vinha morrendo aos poucos.

- Essa pessoa deve ter alterado a composição da cereja-do-inferno no medicamento. - fala Sasuke pensativo. - Ainda não sabemos como esse veneno chegou até Akira...

- Mas sabemos como chegou até Osamu. - digo.

- Você acha que agora que você sabe o que está causando isso em Osamu, poderia ajudá-lo? - pergunta Sasuke.

- Não, o estado de Osamu já está crítico. Nada do que fizer irá reverter os danos já causados. Ele está praticamente cego e os órgãos, assim como, as veias estão muito danificadas, presumo que: pelo efeito e quantidade do veneno.

- Entendo. Então, agora, nós precisamos focar em proteger Akira. Quem quer que tenha feito isso, eu acredito que não irá desistir tão facilmente. Essa pessoa tentará de novo.

- Você acha que pode ser o Ren? - pergunto em um sussurro.

Ele pensa um pouco, logo responde:

- Ele teria um interesse direto nisso, mas não tenho certeza se ele está envolvido.

- Ele seria a opção mais óbvia.

- Por isso não tenho certeza. Está óbvio demais. - fala com uma cara pensativa, aquela cara que ele faz quando tem uma leve idéia sobre alguma coisa.

De fato, Ren era o suspeito mais óbvio. Ele estava explícito demais, porém não sei se teria algo a mais nisso.

- E quanto a Yuna? Você disse que conversou com ela.

- Yuna... - falei pensativa.

Ela, com certeza, teria motivos para querer a morte do marido, mas eu não acredito que Yuna faria isso. Afinal, ela o amava e tinha sofrido muito quando eu disse que não tinha como ajudá-lo. Apesar de tudo, Yuna não faria isso.

- Não, não acho que possa ser Yuna.

Vi Akemi entrar pelos portões do jardim, ela vinha de fora. Olhou para nós e deu um sorriso. Correspondi ao seu cumprimento, foi por um segundo, um mísero segundo, que eu vi ela lançar um olhar diferente para Sasuke, eu não consegui decifrar que tipo de olhar era, foi muito rápido, mas posso jurar que vi um sorriso discreto em seus lábios.

Quando ela entrou pelos portões da mansão eu me virei para Sasuke e perguntei:

- O que há com ela?

- Eu acho, que ela... - ele não conseguiu terminar a frase, pois um barulho se fez presente.

Eram gritos. E eles vinham de fora. Para ser mais exata, vinham do lado de fora dos muros do jardim. O próximo acontecimento foi tão rápido que não tivemos como prever, o muro junto com o portão veio a baixo.

Por impulso, eu pulei em cima de Sasuke para protegê-lo. Caímos no chão, comigo por cima dele, servindo de escudo-humano, para que os destroços não o atingissem. Não pude conter a careta de dor ao sentir pedras que se chocaram contra as minhas costas.

Ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴍᴇᴜ Where stories live. Discover now