Ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴍᴇᴜ

Capítulo 18 - Sempre foi ele

Esse foi o capítulo mais longo que eu escrevi durante a história. Eu fiz o esboço dele e depois me senti tão inspirada, que acabei adicionando vários detalhes ao capítulo.

Obrigada pela paciência. Vocês são incríveis!

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- Eu, eu não sabia que você estava aqui. - comentou Gohan. Ele parecia feliz e surpreso por eu estar ali. - Eu fiquei sabendo que você tinha sido presa. - comenta com a voz triste.

- Sim, eu fui. - respondo.

- Como conseguiu sair? - pergunta curioso.

- Eu dei um jeito. - digo.

Eu não revelaria que foi Yuna quem me ajudou. Isso poderia prejudicá-la. E ela ainda estava lá, presa no meu lugar. Era melhor omitir essa parte. Não era muito lógico isso, mas eu sentia que deveria omitir essa informação.

- Entendo. - diz com um sorriso de canto. - Você é bem esperta, não é? Sempre dá um jeito. - Ele tinha um sorriso galanteador nos lábios.

Minha expressão não mudou, eu permanecia séria, por mais que Gohan tenha dado alguns sorrisos desde que entrou, eu não correspondi a nenhum deles. Não estava no humor para sorrisos.

- Gohan, pode vir aqui por um momento? - pede Mihan com um olhar sério para o filho.

- Claro, mãe. - responde ele, indo de encontro a ela.

Mihan o guia até um canto mais afastado da sala. Ela estava com uma pose séria, assim como o olhar. Parecia uma mãe prestes a dar uma bronca no filho desobediente.

- O que está fazendo? - pergunta com um tom reprovador e com uma voz um pouco alta.

- A que você se refere? - pergunta com uma cara confusa.

- Você sabe, até melhor do que eu, que a moça é comprometida! - exclama e dá um tapa no topo da cabeça do filho.

Eu corei intensamente ao ouvir isso. Eles não estavam falando muito baixo, por isso dava para ouvir a conversa.

- A-ai, mãe! - reclama do tapa que tinha levando, passando a mão na cabeça. - Eu sei que ela gosta de outro cara, mas...

- Mas nada, Gohan. Não se meta nisso. - aconselha.

- É impressionante como você sempre me apoia. - comentou Gohan, em um tom sarcástico.

- Eu estou te falando isso para o seu bem, filho. Não quero te ver magoado. - responde Mihan, em um tom bravo.

- Eu já estou. - diz, fazendo menção de sair, mas é segurado pela mãe.

- Gohan, eu só quero o melhor pra você. - fala Mihan, mudando o tom para calmo e amoroso.

- Eu sei disso. Mas há uma diferença entre querer o melhor, e saber o que é melhor para mim.

Gohan se solta da mãe e vai até outro cômodo da casa. Mihan dá um suspiro pesado e caminha até mim.

- Ele é um bom garoto. Só não sabe a hora de parar. - comenta, com certo pesar na voz. - Agradeço por você nunca ter dado esperanças a ele.

- Não tem que agradecer. Eu não poderia dar a ele esperança, quando ela não existe. - respondo com sinceridade.

Mihan me olhava de um jeito que eu não conseguia decifrar, acho que ela estava grata por eu nunca ter dado falsas esperanças ao filho dela. Olho para Gohan, que nos observava da porta do outro cômodo.