[44] please jungkookie...

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Min Yoongi tinha dezoito anos quando pisou pela primeira vez no castelo de Mir, quando reencontrou sua mãe, mas não seu irmão. Porque Jimin não era permitido sair do quarto.

Mas o ômega estava tão desobediente nos últimos dias que ele havia sido tirado do seu quarto, para ver o que Park Hye considerava um aprendizado. Já que faziam dias que ele tinha se lembrado de novo, e não estava facilitando a vida de ninguém, porque não queria voltar a se esquecer.

Então levaram-no para ver seu irmão mostrando o monstro que havia sido criado para ser.

O ômega foi pego pelo braço e arrastado à força até a famosa arena da ilha de Mir, arenas esta que estava lotada de alfas, betas e ômegas gritando euforicamente pela atração principal. Min Yoongi.

Jimin havia sido obrigado a ver de longe, através de um vidro, o seu irmão sendo arrastado como um animal. Ele tinha correntes nos braços e nas pernas, e um tipo de focinheira de ferro no rosto, e era arrastado por ganchos de aço nas laterais da arena, porque pelo jeito ninguém tinha coragem de chegar perto o suficiente.

Yoongi parecia se debater e chorar de raiva, de ira. Era um som horrível, como um animal assustado e raivoso totalmente encurralado, e Jimin sabia... sabia mesmo de longe, que aquele não era mais o irmão dócil e carinhoso que um dia ele foi.

Colocou suas mãozinhas no vidro, quando entraram diversos soldados com armaduras e espadas, mesmo que Yoongi estivesse amarrado e sem uma arma sequer para se defender.

A cena que se seguiu foi a coisa mais grotesca que Jimin já vira em sua curta vida. Yoongi acabou com o primeiro homem em menos de dois segundos, conseguindo arrancar sua espada e então outro se aproximou, e logo teve o mesmo destino do primeiro, e então mais dois chegaram perto e Yoongi destruiu os dois no mesmo momento e ao mesmo tempo quebrou as correntes. Fazendo o público ir a loucura.

Jimin chorava, se encolhia, e tremia a cada golpe, a cada cabeça estourada, a cada grito sofrido do seu irmão, a cada comida estragada, fruta e qualquer coisa que jogavam nele da platéia.

E então depois de vários corpos estarem empilhados, tantos que Jimin mal sabia quantos eram, ouviu o rugido de leões.

—Por favor... por favor... por favor... —Jimin sussurrava, implorava para que o deixassem em paz, porque não aguentava mais ver e ouvir.

—Olhe para ele... —Park Hye, forçou sua cabeça em direção ao seu irmão, mas manteve os olhos cerrados com força. —O demônio está lutando contra leões... Adam foi muito inteligente em pegá-lo, está sendo mais útil que você.

—Pare... —Jimin choramingou.

—Ômegas, até mesmo quando especiais, precisam de um alfa para os marcarem e finalmente nos entregar o poder. —Ele apertou o pescoço do ômega e fitou seus olhos. —Se você for obediente, tiro seu irmão da arena neste exato momento... ou prefere que ele mate mais cem homens?

—E-Eu vou obedecê-lo. —Jimin sussurrou, aos prantos.

—Vai olhar no espelho e repetir tudo?

Jimin assentiu freneticamente, porque não suportava mais ouvir aqueles gritos de dor e desespero.

Porque amava seu irmão.

Jimin acordou atordoado, procurando Jungkook no meio da cama, mas ele não estava ali.

Suava frio e sentia as lágrimas escorrendo por seu rosto, assim como seu coração batia com toda a força... tinha se lembrado de algumas coisas que ainda eram terrivelmente dolorosas.

KALEIDOSCOPE • Jikook [abo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora