Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)

Capítulo 43

Bella tinha me dito que Alice tinha se inspirado em 1890 para fazer a festa, já que era a época que Edward estava vivo. Sinceramente? Achei meio ridículo e clichê, talvez fosse pelo jeito que ela tenha falado, com uma admiração muito... Inquietante.

Bella era algo que eu nunca tinha pensado em ver em uma Swan. Ela não tinha o brilho no olhar, muito menos a ousadia ou algum resquício da necessidade crescente de liberdade. Ela só era a Isabella, e a única coisa que eu conseguia verdadeiramente dizer que veio do lado dos Swan's no seu sangue, era a curiosidade que nunca tinha freio. De resto, ela parecia realmentente que não era filha de um Swan.

Engoli em seco e observei ela entrar pela porta principal. Um vestido ombro a ombro branco, obviamente, e com quase nenhum enfeite, a não ser é claro, a barra que tinha algumas aplicações em renda e se eu não estiver enganada, em pérolas também.

Bonito, sim, bonito, mais com toda certeza faltava algo. Então, antes mesmo que ela começasse a sua caminhada, com um pouco de controle consentrado nas flores perto dela, pequenos botões violetas se fixaram na grinalda que se arrastava no chão.

Tinha sido algo que só um vampiro com os olhos sobre ela conseguiria perceber, mais que fez total diferença enquanto ela passava pelo tapete vermelho, e chegava até os degraus junto com Charlie. Alice, percebi, estava com uma enorme carranca no rosto, me limitei a levantar uma sobrancelha na sua direção. Ela me dá um aceno, parecendo agora nem um pouco irritada.

Sinceramente? Não gostaria nunca de tentar entender o temperamento dessa pequena anazinha.

— Ficou lindo. — Carlisle, bem do meu lado, murmurrar em um tom quase inaldivel até para os vampiros, mais meus sentidos sempre estavam muito ativos quando se tratava dele. Era algo natural, de companheiro eu acho. Apertei a sua mão e juntei o meu corpo mais perto do dele.

— Oh, Sim, ficou muito melhor. As Dominadoras sempre tem que ter alguma flor nos vestidos de noiva. E o lilás significa muito a intuição. Quem sabe a minha prima abra os olhos antes de dizer o sim. — ele não conseguiu evitar soltar uma gargalhada, e percebi o olhar do noivo em cima de mim. Olhei para Edward e dei de ombros. Ele tinha machucado a minha prima mais de uma vez, e mesmo que ela seja meio doida e nem um pouco inteligente maioria das vezes, continua sendo da minha família. E eu queria que ele ficasse bem consciente que nem mesmo a minha parceria com o seu pai iria me afetar ao ponto de eu passar a mão na sua cabeça e dizer que era algo que ele não tinha escolha. Sim, ele tinha escolha, e muitas delas, mais escolheu a pior muitas vezes.

O padre começou a falar, e eu não prestei atenção em nenhuma  das suas palavras, estava muito ocupada desde que Carlisle resolveu repousar uma das mãos na minha cocha e resolver fazer pequenos círculos pela minha pele. E bom, ele sabe os meus pontos fracos muito bem para um homem que eu conheço a apenas algumas semanas. E bom, eu não consigo ver nenhum motivo para não gostar disso.

— Edward Cullen. Você aceita se casar com Isabella Maria Swan por livre e espontânea vontade?

— Diz não para ver o que acontece. — Charlie murmurrou do lado de Abigail, que estava do meu lado. Soltei uma risada e coloquei a mão na boca.

— Sim. — Edward respondeu com um sorriso no rosto. O padre se voltou para Bella.

— Isabella Maria Swan. Você aceita se casar com Edward Cullen por espontânea vontade?

— Vamos Bella. Você consegue coisa melhor por aí. — murmurrei e enrolei os dedos, torcendo para que o meu time vencesse. Carlisle sorriu e afundou a sua cabeça no meio dos meus cabelos, sentindo o meu cheiro.

— Querida…

— Sim! — Bella enterrompeu o que Carlisle ia dizer, e eu me joguei no encosto da cadeira cruzando os braços. Lyra no colo de Abigail soltou um sonoro grito. Bem o grito que eu queria soltar quando ouvi mais de um sim nessa porra de casamento. Seria tão mais perfeito se ela dissesse simplesmente não!

Seria a cena perfeita, Edward com aquela cara de pateta dele que ele usa desde que nasceu, e o padre olhando para todos confusos. Minha linda e maravilhosa risada ecoando pelo jardim no meio do silêncio, e mais se trinta mil reais depositados na minha conta no final do dia.

Sim eu só queria isso. E claro, Carlisle na minha cama, e Lyra bem longe por algumas boas horas.

Soltei um suspiro, e senti os braços de Carlisle me envolvendo, e me fazendo levantar para irmos até aonde seria a festa, mais antes de qualquer coisa, fiz questão de pegar Lyra no colo, e me dirigir até dentro da casa.

Talvez ouvesse um divórcio em poucos dias, eu não podia ser totalmente pessimista.