Capítulo 4

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	De longe, eu ouvi um resmungo infantil, e de imediato, abri os meus olhos olhando para os lados

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De longe, eu ouvi um resmungo infantil, e de imediato, abri os meus olhos olhando para os lados.

Já era de manhã, eu percebi pela luz que passava pelas frestas da janela. E estava mais frio do que ontem a noite, quando eu cheguei em Forks.

Novamente eu ouvi um resmungo, e pisquei os olhos tentando ao máximo me acostumar com a falta de luz no quarto. E depois de alguns segundos, percebi.

Porra, aonde Lyra tinha se metido?

Respirei fundo, e tentando manter a calma, passei as mãos pela cama de casal, mais a única coisa que eu consegui encontrar, foi os cobertores e algumas roupas que eu tinha jogado em cima da cama por conta da preguiça. E mais nada.

Meu coração se apertou e a angustiada de não saber aonde ela estava começou a crescer. Em um roupance eu levantei da cama, e sem me importar com as coisas que eu derrubei enquanto caminhava, eu liguei o interruptor  e me deparei com um desastre.

Pisquei, reprimi os lábios, pisquei novamente. E depois, soltei um suspiro aliviada.

Lyra estava a dois metros do chão, quase colada no teto, e muito perto da lâmpada. Ela estava de barriga para baixo, e olhava para mim com aqueles enormes olhos verdes, e com um enorme sorriso no rosto, como se essa fosse a melhor diversão do mundo. E realmente era, voar era uma das melhores coisas do mundo, principalmente para um bebê de seis meses.

Isso me fez pensar em tudo o que a minha mãe passou com duas crianças controladoras dentro de casa, sozinha, e com seus fortes poderes em desenvolvimento.

Com toda certeza não tinha sido uma tarefa nada fácil para ela. E eu também iria ter muito trabalho com Lyra.

Ela nunca tinha manifestado nada dos seus poderes antes, e eu ainda não sei o porquê de eu não estar gritando a plenos pulmões por ela ter demontrado os seus poderes tão cedo. Talvez porque eu tenha visto a Júlia esplodir uma casa com seus nove meses de vida. Eu tinha três anos na época, mas mesmo assim eu ainda conseguia me lembrar com perfeição daquele dia. E eu agradeço até hoje a ela por ter esplodido a casa.

O monstro estava lá dentro. Com uma faca e os dentes pontiagudos, cheios de sangue. Sangue da minha mãe.

Abri um sorriso quando ela gargalhou balançando os bracinhos e as perninhas gorduchas.

Sim, era para eu estar desesperada tentando a segurar para não cair.

Mas eu com toda certeza não precisava desse desesperado todo. Ela era forte. E eu estava tão orgulhosa da minha pequena!

— Lyra? — a chamei, e ela soltou mais uma gargalhada. — Vamos descer minha pequena? — ela soltou mais uma gargalhada e subiu um pouco mais. — tome cuidado Lyra, vai bater a cabeça no teto desse jeito. — ela soltou outra gargalhada e como o vento, subiu mais um pouco, batendo de leve a cabeça no teto.

Coloquei a mão na boca e segurei o riso quando ela fez um biquinho.

Dei um passo para frente e me conectei com o corpo de Lyra, e segurei o controle, a forçando a ir para baixo. Ela tentava nadar quase desesperadamente para cima, mais eu não soltei o controle, e logo ela estava nos meus braços.

Passei as minhas mãos pelas suas roupas, até constatar o que eu já sabia, seu colar não estava aonde deveria estar, no seu percoço. Olhei em redor e o encontrei jogado no chão perto da cama, e com a corrente quebrada, soltei um palavrão e ouvi Lyra rir de mim.

— Como você conseguiu quebrar uma corrente? — ela me olhou, e por um momento, ficou seria, mais logo em seguida abriu um sorriso. Suspirei, e peguei o colar no chão. — Vamos ter que consertar isso aqui logo se eu quiser levá-la para uma escolinha. — ela fez um bico, como se entendesse o que eu falei. — E você vai se comportar. — ela fechou a cara de vez.

Revirei os olhos, e consertrei um pouco de magia no ouro da correntinha, encurtando ela até virar uma pequena pulseirinha, coloquei no pulso de Lyra, e ela ficou olhando a correntinha por alguns segundos, até tentar tira-la novamente.

Revirei os olhos e abri a porta do meu quarto com ela nos braços, cruzei o corredor, e desci as escadas até o primeiro andar. Não havia nem sinal de alguma alma viva no segundo andar, então eu entrei na cozinha e coloquei Lyra em uma cadeirinha que eu tinha trazido para ela usar.

— Já que você me acordou cedo. Acho que um café da manhã bem caprichado não faria mal a ninguém. Não é mesmo? — perguntei, mesmo sabendo que ela estava muito distraída com um mordedor para me dar bola. Suspirei e comecei o meu  trabalho.

Ovos com bacon, panquecas com chocolate, e por último, mais não menos importante: a papinha de maçã e banana da minha bebê.

Quando coloquei o prato na sua frente, pareceu que o pequeno mundinho dela tinha acabado de parar, e a única coisa que importava para ela, era a comida.

Há alguns dias minha irmã tinha dito que isso Lyra tinha puxado de mim.

Respirei fundo.

Que saudades eu estava da minha pequena Electra.

	Que saudades eu estava da minha pequena Electra

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Um Amor, Doutor (Carlisle Cullen)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora