Uma missão não finalizada.
Uma traição dentro de uma salaz paixão.
Dois marcos dentro da história de duas bombas-relógio, uma mulher vil e um homem mordaz, que os levaram à loucura e ao ápice dos piores e melhores sentimentos em um fim lúgubre.
Um r...
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Roxie Lowell
Assim que meus saltos tocaram o último degrau da escadaria, um singelo choque percorreu meu corpo indicando que algo estava errado e necessitava de minha atenção, presenças e olhares analíticos demais para o horário. Levantei o olhar do celular para a sala e me deparei com uma cena incomum, seis seguranças espalhados pela sala e duas empregadas prostradas próximas a parede.
Algo estava perfeitamente errado, eles não se reuniam pela casa se não houvesse algum tipo de perigo ou detalhe fora do lugar, seus corpos estavam tensos em uma aparente postura comum, que na verdade revelava prontidão para qualquer movimento. Exatamente como instruídos, proteger a qualquer custo os Kozlov, apesar de pouco saberem sobre as reais sujeiras que colocamos abaixo do tapete.
Era explícito o que estava errado, dois rostos que não deveriam estar aqui, passavam-se por seguranças. Agentes de Oliver, decerto enviados para certificar que tudo estava de acordo com o que desejavam com o grupo escolhido ou encontrar um mísero erro, se nem a maioria meus seguranças sabiam a verdade, como eles acham que poderiam conseguir algo?
Em um olhar rápido percebi as chaves de Antony no local habitual, assim como sua gravata e óculos escuros em uma das peças de madeira, algo comum que fazia ao chegar em casa. Mesmo sendo consideravelmente muito cedo para sua chegada e meu compromisso logo se anunciaria atrasado, precisava seguir como os olhos desejavam.
Dei de ombros em indiferença e segui para onde Antony, com certeza, estaria, a cozinha. E sem qualquer resquício de surpresa, o encontrei preparando um sanduíche de forma artesanal, apesar de extremamente recheado, enquanto prestava atenção no comunicador.
— Tão cedo em casa? — indaguei ao abraçá-lo pela cintura.
— Ainda em casa? — replicou olhando-me por cima do ombro com um pequeno sorriso. — Devo me perguntar se é o dia que passarei mais tempo com minha esposa?
Ele também havia percebido que algo estava errado pela casa, sua pergunta incisiva sobre algo óbvio era a prova, bastava atuar como se tudo estivesse perfeitamente correto.
— Talvez mais tarde, baby. — Selei-o e me sentei ao seu lado na bancada.
— Atrasada?
— Como de costume. — Dei de ombros roubando um pedaço do queijo de seu lanche. — Como foi o dia?
— Reuniões e mais reuniões, análises e projetos — soprou enfadonho. — Ao menos os negócios dos Alexeev na América são muito bons e com o acordo dos Vasiliev com a Alpha, melhoraram muito ao norte.
