Capítulo XV

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Rosalie Aubry

Três meses e meio antes

Apesar dos fortes batimentos em meu peito, a adrenalina abandonou completamente meu corpo no instante que adentrei o salão principal da base-prisão onde Oliver mantinha inimigos e agentes. Meus membros doíam significativamente, os cortes em minha carne ardiam e as feridas incomodavam apesar do sangue seco, resultado de 26 horas na mata densa.

Ser deixada em uma mata fechada e desconhecida, para ser caçada por três homens de Oliver e o meu suposto parceiro de treinamento, não estava em meus planos há alguns meses, porém pareceu uma grande diversão para Oliver e seus companheiros brincar de "lobo mau", eu era a chapeuzinho no jogo.

O objetivo era cruzar a mata e retornar, entretanto retornaria apenas se matasse os quatro caçadores, ou eles me matariam. Não existia pausa para respirar, cada som era um alerta e todos desejavam o prazer que seria matar Rosalie Aubry, sem imaginar que seu famigerado chefe já sabia o desfecho.

Não esperavam um fim diferente das histórias dos irmãos Grimm, onde a chapeuzinho mataria o lobo, em meu caso, os lobos em forma de homem.

Foram horas caminhando floresta a dentro, inicialmente com apenas dois punhais, um cantil de água e um falso companheiro, reconhecendo caminho e me adaptando para fugir e caçar meus predadores, e conseguir chegar ao fim onde detinha suprimentos e minutos para recarregar as energias.

Há poucas horas, rolei monte abaixo, fui cortada por lâminas e balas, socada e chutada ao ser encurralada contra uma árvore, estrangulada ao fingir abaixar a guarda e quase envenenada.

Agora caminhava calmamente enquanto recebia olhares do pátio que se diversificavam entre surpresa por ter sobrevivido e horror direcionado para cabeça de um dos capachos de Oliver, Ward, decepada em minha mão, o símbolo de poder.

Cessei meus passos assim que Zoe Klein entrou em meu caminho, seu olhar era fumegante e hostil sobre mim, diferenciando-se da pose esnobe, odiou a notícia de que seu namorado acabou "perdendo a cabeça" e que precisará ver minha cara por mais algum tempo, todavia pioraria suas torturas e golpes baixos.

Levantei a cabeça decepada e deixei que visse o que restou de seu amado, nesse exato momento o local se encheu de aplausos e alvoroço de uma parte dos presentes, enquanto outros estavam atordoados, enojados ou enraivecidos.

— Não estamos em um circo — asseverei fazendo as palmas pararem.

Distração suficiente para que a alemã tentasse me atacar com um soco, mas teve sua mão torcida por mim e um olhar repreendedor de algum lugar do pátio. Alguém que ela temia, entretanto, que não desmontaria seu falso riso com um cigarro entre os dentes.

Ardente Perdição - Duologia Volúpia - Livro II Onde as histórias ganham vida. Descobre agora